Acervo Folha https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br No jornal, na internet e na história Fri, 19 Feb 2021 13:40:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 OUTROS 13 DE MAIO: Helio Santos critica versão oficial do Dia da Abolição https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/05/13/outros-13-de-maio-helio-santos-critica-versao-oficial-do-dia-da-abolicao/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/05/13/outros-13-de-maio-helio-santos-critica-versao-oficial-do-dia-da-abolicao/#respond Sun, 13 May 2018 15:00:50 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/SANTOS-4328-320x213.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9435 Helio Santos tem sua trajetória marcada pelo ativismo em prol dos direitos dos negros brasileiros. Em 1984, o professor falou sobre A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –PNAD– e o empobrecimento da população rotulada pelo IBGE como preta e parda. “Enquanto, aproximadamente, a metade dos não brancos ganha até 1 salário mínimo, apenas 28% dos brancos estão neste patamar.

O Blog do Acervo Folha reproduz artigo do atual presidente do Instituto Brasileiro da Diversidade – IBD, publicado em 13 de maio de 1984, no encerramento da série Outros 13 de Maio, em referência aos 130 anos da abolição.

13.mai.1984

O 13 de Maio e o seu novo significado

*Helio Santos

Hoje já não se discute o racismo e a discriminação racial apenas em tese –como em passado recente (década de 60). Hoje a discriminação racial é quantificada. Saímos, pois, a partir da segunda metade da década de 70, daquela fase discursiva para tratarmos deste assunto com a presteza que ele requer, sobretudo tendo em vista o número de pessoas envolvidas; cerca de 44% da  população, segundo o IBGE.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –PNAD–, mais uma vez, demonstrou quem é mais pobre no país. Ela demonstrou que o país empobreceu do último censo para cá.  Em 1980, 33% da população econômica ativa (PEA) viviam com uma renda mensal de até 1 salário mínimo; em 1982 esta taxa cresce para 36%.

 

OUTROS 13 DE MAIO: Darcy Ribeiro escreveu que escravidão era sustentáculo do império: “Morra a princesa”

 

Esse empobrecimento atinge preferencialmente a população não branca –que o IBGE rotula como “preta” e “parda”. Enquanto, aproximadamente, a metade dos não brancos ganha até 1 salário mínimo, apenas 28% dos brancos estão neste patamar.

Em contrapartida, apenas 3 em cada 100 não brancos ganham mais de cinco salários mínimos (cerca de 500 mil cruzeiros –equivalente hoje a R$ 23.742,08). Nessa faixa os brancos são 13 para cada 100. Outro indicador das diferenças de oportunidades das pessoas, em função de sua cor, fica bem evidenciado quando nos detemos a examinar sua escolaridade.

O PNAD-82 dá um diagnóstico sombrio aqueles que acreditam na educação como fator de mobilidade social: os não brancos têm o dobro de possibilidades de ser analfabetos, ao passo que os brancos têm quase o triplo de possibilidades de ingressar em um curso superior. Do ponto de vista ético-político nada justifica a marginalização de quem tanto contribuiu e continua contribuindo para a construção desta nação.

 

OUTROS 13 DE MAIO: Rubens Ricupero destacou relação entre escravidão e terra


Vendo a questão em seu ângulo estritamente técnico-econômico não há como viabilizar um país desconsiderando parcela tão ampla de sua população.

A viabilização do negro, enquanto cidadão, passa a ser a questão chave por aqueles –negros e brancos– que se colocam em uma perspectiva moderna de combate ao racismo e à discriminação racial. Exemplo disso é o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, cujo decreto de criação foi assinado pelo governador Franco Montoro no último dia 11.

O conselho é formado por pessoas oriundas da sociedade civil e objetiva “desenvolver estudos relativos à condição da Comunidade Negra e propor medidas que visem à defesa de seus direitos, à eliminação das discriminações que a atingem e à sua plena inserção na vida socioeconômica, política e cultural”.

 

OUTROS 13 DE MAIO: Raquel Rolnik explica a formação de territórios negros em São Paulo

OUTROS 13 DE MAIO: Robert Slenes contrariou intelectuais ao mostrar núcleo familiar na escravidão


O conselho está aberto a todos aqueles que tenham uma contribuição a dar à essa causa e deverá ser uma forma autônoma, moderna e eficaz de participação da população negra.

Quanto à versão oficial de 13 de maio, tem para nós apenas a utilidade para dar nomes às ruas, aos largos e às praças deste país: rua da Abolição, largo 13 de Maio, etc…

 

Helio Santos é professor e presidente do Instituto Brasileiro da Diversidade – IBD. Produziu artigos acadêmicos e textos jornalísticos sobre a questão racial e inclusão social.  É autor do livro “A busca de um caminho para o Brasil: a trilha do círculo vicioso”.  Nos anos 1970,  foi  presidente fundador Conselho da Comunidade Negra do Estado de São Paulo.

 

OUTROS 13 DE MAIO: Abdias do Nascimento explica o Quilombismo

 

[+] Conheça o site do Banco de Dados
http://www1.folha.uol.com.br/banco-de-dados/

[+] Siga-nos no Twitter
https://twitter.com/BD_Folha

[+] Curta a página Saiu no NP
https://www.facebook.com/Saiu-no-NP-168161556714765/

[+] Curta o Acervo Folha no Facebook
https://www.facebook.com/acervofolha/

 

]]>
0
OUTROS 13 DE MAIO: Ricupero destacou relação entre escravidão e terra https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/05/09/outros-13-de-maio-ricupero-destacou-relacao-entre-escravidao-e-terra/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/05/09/outros-13-de-maio-ricupero-destacou-relacao-entre-escravidao-e-terra/#respond Wed, 09 May 2018 10:30:50 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/Orlando-Charge-8.jun_.1996-320x213.png http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9346 Em artigo, de 8 de junho de 1996, o embaixador Rubens Ricupero lembrou de um discurso do abolicionista Joaquim Nabuco (1849-1910), que, segundo o diplomata, foi deliberadamente esquecido.

A fala de Nabuco era a de que não bastava dar apenas liberdade aos escravos, mas que era necessário destinar terras a eles e também meios para que pudessem trabalhar nelas.

Ricupero fez uma comparação histórica e citou notícias atuais, de trabalhadores escravos em Rondônia e de homens conduzidos por cordas no pescoço pela polícia no Rio de Janeiro.

Esse artigo é o segundo texto da série que o Banco de Dados resgata e publica no Blog Acervo Folha até domingo (13), quando serão completados 130 anos do fim da escravidão.

Leia abaixo:

8.jun.1996

Escravidão e reforma agrária

* RUBENS RICUPERO

Em plena África do Sul abro o Financial Times e o Brasil me atinge como um soco no estômago. Uma foto dramática de trabalhadores escravos liberados de um latifúndio de Rondônia.

Alguns deles, dizia a reportagem, acabaram por voltar à fazenda, pois não havia outro trabalho para não morrer de fome.

Rubens Ricupero gesticula durante entrevista, em São Paulo (Eduardo Knapp – 8.mai.2015/Folhapress)

Lembrei de outra foto, anos atrás. Numa batida policial em morro do Rio de Janeiro, uma fileira de homens, quase todos de cor, eram conduzidos com cordas no pescoço. A PM e os capitães-do-mato, os presos de hoje e os escravos fugidos de ontem, a foto e as gravuras de Debret se fundiam numa só imagem dolorosa e trágica do fracasso em nos libertarmos do nosso passado.

Joaquim Nabuco foi dos raros brasileiros que sempre viu nítido o elo entre escravidão e terra. Em inesquecível e portanto deliberadamente esquecido discurso no Recife, dizia não bastar dar liberdade ao escravo. Era preciso dar-lhe terra e os meios para trabalhá-la.

Não foi ouvido nem então nem hoje. Talvez porque os dirigentes do seu tempo, assim como os que vieram depois, correspondiam ao que dizia Nabuco, repetindo Hegel: que o pior da escravidão era de aviltar e degradar não só o escravo mas sobretudo o senhor do escravo.

É estranho, perturbador, como permanecemos prisioneiros de nossa história, como estamos quase que condenados a repeti-la sem cessar.

E até mesmo sem nos darmos conta. Quantos, por exemplo, entre nós, percebem a sugestiva semelhança, na atitude e nos argumentos, entre a resistência à abolição do Império e a recusa da reforma agrária na República?

Dizia-se, então, sobretudo após a lei do Ventre Livre, que era só uma questão de tempo, chegando alguns a insinuar que lá por 1930 os últimos cativos poderiam ser resgatados pela metade do preço.

Fazê-lo antes seria irresponsável precipitação, com o risco de arruinar a economia, ainda dependente do “elemento servil”. Olvidava-se que, anos antes, ao cogitar-se da proibição do tráfico, ameaçara-se com o mesmo argumento da crise da economia.

Na verdade, ocorreu o contrário: os capitais liberados pelo fim do tráfico impulsionaram um grande momento de aceleração do crescimento econômico.

 

OUTROS 13 DE MAIO: Darcy Ribeiro escreveu que escravidão era sustentáculo do império: “Morra a princesa”

 

Em nossos dias, o gradualismo também virou moda. Afirma-se que a capitalização e modernização da agro-indústria, a queda das taxas demográficas e de fertilidade darão cabo do problema de forma indolor, imperceptível. Esse asséptico e “tecnicamente correto” quadro agrário só é estragado pelos trabalhadores rurais que teimosamente insistem em serem massacrados pelas polícias e pelos jagunços.

Da mesma forma, há um século atrás, foram as fugas maciças de escravos em São Paulo e a altiva recusa do Exército em persegui-los que forçaram o governo imperial a propor e o Parlamento a aprovar a Lei Áurea, apesar da oposição até o fim do “grupo do coice”, liderado pelo deputado Paulino Soares de Souza, o “primo Paulininho” dos fazendeiros fluminenses.

Em contraste, na África do Sul, onde a iníqua lei de terras de 1913 e o “apartheid” confinaram 87% da população (os negros) em 13% das terras (as piores), assiste-se a uma “revolução silenciosa”: a maior transferência de terras da história do país. O processo é pacífico, consensual, facilitado por créditos e subsídios oficiais. Também já há quem denuncie os subsídios em nome do equilíbrio orçamentário. Os defensores dizem, porém, com razão, que se trata apenas de reparação tardia do confisco de que foram vítimas os africanos.

Lembrei num discurso em pretória, a propósito da espoliação colonialista da África, os versos de T.S. Eliot: “Seja o que for que herdamos dos afortunados, nós antes o arrancamos dos derrotados”. Terá sido diferente no Brasil?

A diferença que vejo é que, ao aprovar a nova Constituição, os sul-africanos tiveram a coragem de aceitar uma “cláusula de terras” que facilita a reforma agrária.

E o nosso Congresso, quando será capaz de fazer o mesmo, superando de vez por todas aquela herança da nossa história que Nabuco estigmatizou, ao dizer que o Brasil era uma nação sem povo, pois uma massa de escravos jamais seria um povo?

* Rubens Ricupero foi secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (1995-2004). Exerceu o cargo de ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal (1993-1994) e o da Fazenda (1994), ambos no governo Itamar Franco. Foi embaixador em Genebra (1987–1991), Washington (1991–1993) e Roma (1995).

 

[+] Conheça o site do Banco de Dados
http://www1.folha.uol.com.br/banco-de-dados/

[+] Siga-nos no Twitter
https://twitter.com/BD_Folha

[+] Curta a página Saiu no NP
https://www.facebook.com/Saiu-no-NP-168161556714765/

[+] Curta o Acervo Folha no Facebook
https://www.facebook.com/acervofolha/

 

]]>
0
1938: São Paulo ganha novo viaduto do Chá, em estilo art déco https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/04/17/1938-sao-paulo-ganha-novo-viaduto-do-cha-com-paralelepipedo-belga/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/04/17/1938-sao-paulo-ganha-novo-viaduto-do-cha-com-paralelepipedo-belga/#respond Tue, 17 Apr 2018 10:10:42 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/viaduto-do-chá-capa-320x213.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9135 O domingo de 17 de abril de 1938 foi uma data significativa para o avanço social e urbanístico do centro de São Paulo e seus arredores.

Um novo e suntuoso viaduto do Chá, de arquitetura ampla e moderna, construído em concreto armado, era inaugurado em substituição a um velho viaduto, que, com o crescimento acelerado da metrópole, já não suportava a demanda de veículos e de pedestres que precisavam transitar pela via.

Para a construção, o então prefeito de São Paulo, Fábio da Silva Prado (1934-1938),  lançou dois editais de concorrência nos anos de 1934 e 1935. O primeiro deles pedia sugestões de diretrizes para a obra. O segundo, se destinava à escolha do projeto.

O vencedor foi o arquiteto carioca Elisário Antônio da Cunha Bahiana (1891-1980), que propôs uma via com 25 metros de largura, quase o dobro da dimensão do velho Chá. 

Foi Bahiana quem projetou o Jockey Club de São Paulo e os edifícios Saldanha Marinho (rua Libero Badaró) e João Brícola, onde ficava a sede do Mappin Stores, em frente ao Theatro Municipal de São Paulo, na praça Ramos de Azevedo.

Conforme a Folha da Noite noticiou na ocasião, o prefeito Francisco Prestes Maia, que havia assumido a prefeitura no mês em que o viaduto foi entregue, “desejava uma inauguração revestida de muito brilho, tal a vultosa obra”, disse o então chefe do Executivo  paulista.

“Por motivo de força maior”, contudo, não houve solenidades durante a abertura da nova via, que foi entregue inacabada à população. Ainda faltava a construção de parte do calçadão para o trânsito de pedestres.

O viaduto foi erguido com arco central de 64 metros de vão, sustentado por dois pilares de cerca de 4 metros de largura por 25 de comprimento. Os vãos das extremidades têm 17,5 metros. 

Considerado um dos maiores símbolos da arquitetura do país, o viaduto do Chá se tornou um dos principais polos da diversidade brasileira.

Hoje, sob o Chá funcionam o Centro de Referência da Dança, o Centro de Referência da Cidadania do Idoso e a Galeria Prestes Maia. A zeladoria de seu entorno é de responsabilidade da Prefeitura Regional da Sé.

O VIADUTO DOS TRÊS VINTÉNS

Antes da nova via, existia o velho Chá, estruturado com cerca de 3.000 peças metálicas importadas da Alemanha.

O projeto foi idealizado em 1877, pelo litógrafo e arquiteto francês Jules Victor André Martin (1832-1906), que percebeu a necessidade de se estabelecer uma conexão entre o antigo morro do Chá, situado nas imediações da rua Barão de Itapetininga e praça da República (que eram repletas de sítios com plantações de chá da Índia, daí o nome), e a região do centro velho, que começava na praça do Patriarca com a rua Direita. Ambos as “colinas” eram divididas pelo córrego Anhangabaú, onde hoje fica o vale de mesmo nome.

Construção do primeiro viaduto do Chá, no século 19 (Reprodução)

O contrato para a concessão e confecção do primeiro viaduto foi assinado em 1885 e a obra iniciada três anos depois, em 1888, ano da abolição da escravatura no Brasil. A via, inicialmente de responsabilidade privada, foi inaugurada em 6 de novembro de 1892, com grandes festejos por todo o centro.

Para que o projeto fosse executado, foi fundada a Companhia Paulista Viaduto do Chá, que tinha Martin como um dos associados. Durante a construção, com problemas financeiros, a concessão foi transferida para a Companhia Carril de São Paulo, empresa que concluiu a obra.

O contrato com a prefeitura estabelecia o pagamento de três vinténs (60 réis) por pedestre que  atravessasse o viaduto, o que levou a via a ser conhecida na época pelo pseudônimo “Viaduto dos Três Vinténs”. Em 1896, porém, os paulistanos se rebelaram contra a cobrança. A Câmara Municipal, então, em atendimento às reivindicações da população, pagou uma indenização à concessionária, e o viaduto passou para a responsabilidade do município.

 

]]>
0
Há 25 anos, motoristas e cobradores fizeram a ‘greve dos pelados’ no Rio https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/03/29/ha-25-anos-motoristas-e-cobradores-fizeram-a-greve-dos-pelados-no-rio/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/03/29/ha-25-anos-motoristas-e-cobradores-fizeram-a-greve-dos-pelados-no-rio/#respond Thu, 29 Mar 2018 10:00:04 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2018/03/greve-01-320x213.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=8846 Em 25 de março de 1993, uma paralisação inusitada de motoristas e cobradores do Rio, que reivindicava reajuste salarial, mudou a rotina da capital fluminense, deixando cerca de 2 milhões de pessoas sem transporte público.

Chamada de “greve dos pelados”, a paralisação teve início à 0h, em frente à sede do Sindicato dos Rodoviários do Município do Rio, na rua Camerino (centro). Depois, os piqueteiros seguiram para outras vias da região, entre elas as avenidas Rio Branco, Presidente Vargas e Marechal Floriano, além da Praça 15.

Conforme reportagem de Roni Lima, da sucursal da Folha no Rio, a estratégia dos grevistas consistia em parar os coletivos, retirar os passageiros e em seguida deixar nus motoristas e cobradores que não aderiram à paralisação. Sem roupas, eles eram forçados a conduzir os veículos até a rua do sindicato ou para as garagens das empresas.

Cerca de 40 motoristas foram vítimas da humilhação dos manifestantes. Os mais resistentes conseguiram manter suas cuecas e seus sapatos. Alguns tiveram que cobrir o órgão genital com bolsas. Wellington Luciano Ramos, um dos condutores da linha 127 (Rodoviária – Copacabana), teve as calças rasgadas e a cueca arriada até as canelas pelos grevistas. “Por favor, não tira mais não”, pediu o motorista.

Após a chegada da polícia, motorista recoloca a roupa e segue para a garagem da empresa (Foto: Frederico Rozário – 26.mar.1993/Folhapress)

Numa época em que o telefone celular era artigo para os mais endinheirados, grandes filas se formaram em frente aos orelhões públicos para que os trabalhadores pudessem justificar o atraso a seus chefes.

Ao menos 5 dos 20 ônibus levados pelos manifestantes para a rua do sindicato foram alvos de apedrejamentos no início dos protestos quando nove pessoas foram presas e em seguida liberadas pela polícia.

O diretor do sindicato dos rodoviários, Geraldo José Ribeiro, limitou-se a dizer que todos os motoristas e cobradores abordados eram orientados pelas lideranças a seguir “de livre e espontânea vontade” para o sindicato. Ribeiro disse ainda que o esvaziamento de pneus e o apedrejamento contra os coletivos foram causados por “infiltrados“ no movimento.

A manifestação se estendeu também a outros bairros e alguns municípios próximos à capital, entre eles Niterói. Mas não houve violência.

Motorista reage e tem sua roupa rasgada pelos grevistas (Foto: Frederico Rozário – 26.mar.1993/Folhapress)

SEQUESTRO

Em Bonsucesso (zona norte do Rio), três coletivos foram barrados por homens encapuzados que diziam fazer parte do movimento grevista. Segundo testemunhas, um cobrador e dois motoristas foram “sequestrados” pelos supostos piqueteiros. Até o fim da tarde, policiais da 21ª Delegacia de Polícia ainda não tinham informações sobre os seus paradeiros.

Pouco antes os grevistas haviam iniciado uma passeata até a estação de trem Central do Brasil, no centro, onde dois manifestantes ficaram feridos em confronto com a Polícia Militar.

Em assembleia realizada no final da tarde junto ao sindicato patronal, os piqueteiros decidiram continuar a paralisação.

A REIVINDICAÇÃO

Os grevistas pleiteavam reajuste salarial de 36,7% retroativos a 1º de março, data base da categoria. O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros havia proposto 40% de aumento, mas com entrada em vigor a partir de maio, o que não agradou a categoria.

Outra exigência dos grevistas era a revisão de cláusulas contratuais como, por exemplo, o horário de compensação (folgas dadas para reduzir os ganhos referentes às horas extras trabalhadas).

No início da noite, porém, parte da frota de 6.000 ônibus do Rio já havia voltado às ruas. De acordo com o sindicato das empresas, 40% deles (2.400 coletivos) estavam circulando. Por outro lado, o sindicato dos rodoviários falavam em 3% (200 ônibus).

Motorista é obrigado a se despir durante a “greve dos pelados” no Rio (Foto: Frederico Rozário – 26.mar.1993/Folhapress)

No dia seguinte, em nova assembleia no início da tarde, os rodoviários decidiram suspender a greve até o dia 5 de abril, data marcada para outra reunião entre as partes. Às 14h os ônibus voltaram a circular normalmente na capital.

O então prefeito do Rio, Cesar Maia, que prenunciou que não participaria das negociações, disse que a melhor solução seria manter o reajuste de 25%, conforme o índice da inflação daquele mês.

Balanço dos empresários apontaram que 320 ônibus foram danificados durante os dois dias de piquete. Segundo Eurico Galhardi, diretor técnico do sindicato das empresas, o prejuízo foi de US$ 1,5 milhão.

]]>
0
Em entrevista à Folha há 50 anos, Antonio Marcos pregou luta contra o analfabetismo no Brasil https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/09/27/em-entrevista-a-folha-ha-50-anos-antonio-marcos-pregou-luta-contra-o-analfabetismo-no-brasil/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/09/27/em-entrevista-a-folha-ha-50-anos-antonio-marcos-pregou-luta-contra-o-analfabetismo-no-brasil/#respond Wed, 27 Sep 2017 08:01:41 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/1967.09.24-119x180.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=5386 Cantor, compositor, ator e poeta entre outras minúcias artísticas, Antonio Marcos Pensamento da Silva, conhecido como Antonio Marcos –ou Toninho para os íntimos–, já se mostrava um jovem engajado e um tanto apreensivo com as aspirações sociais de sua geração ao pregar “uma verdadeira guerra contra o analfabetismo” em entrevista concedida à Folha em setembro de 1967, quando, aos 21 anos, iniciava uma  triunfante carreira solo após deixar o quarteto “Os Iguais”, ligado à Jovem Guarda.

Com “Os Iguais”, que contava ainda com os músicos Mário Lúcio de Freitas, Apolo Mori e Marcelo Gastaldi (este último o dublador dos personagens Chaves e Chapolin, dos seriados exibidos no SBT), o cantor gravou um compacto simples com as músicas “A Partida” e “Quero Te Dar Meu Coração”, pela RCA. Em seguida, relutante, aceitou o convite da gravadora para seguir carreira individual. Foi então que lançou as pouco executadas “Perdi Você”, dele com o ex-parceiro de banda Mário Lúcio e “A História de Alguém Que Amou Uma Flor”, composta em parceria com o irmão Mário Marcos, que tinha 14 anos na ocasião.

Antonio Marcos já havia sido calouro na TV Record, em 1962. Dois anos depois se destacou no programa de Estevam Sangirardi, na rádio Bandeirantes, onde mostrou o seu lado ator e humorista, fazendo imitações de cantores famosos da época.

Paulistano do bairro de São Miguel Paulista, na zona leste, onde nasceu em 8 de novembro de 1945 e segundo de oito irmãos, o cantor teve uma infância simples no tradicional bairro de São Paulo, onde se destacou em inúmeros festivais de música.

O primeiro sucesso de massa veio com “Tenho Um Amor Melhor Que o Seu” (1967), de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, que vendeu mais de 300 mil cópias. Ainda no final dos anos 60 emplacou as canções “E Não Vou Deixar Você Tão Só (1968)”, gravada no mesmo ano por Roberto Carlos no disco “O Inimitável” e “Se Eu Pudesse Conversar Com Deus”, gravada em 1969.

Seguindo o gênero romântico, com doses de melancolia, na década seguinte compôs “Menina De Trança” (1970), “Escuta” (1971), “Como Vai Você” (1972), parceria de êxito com o irmão Mario Marcos e também gravada pelo rei Roberto Carlos, que vendeu mais de 700 mil discos, “Oração De Um Homem Triste” (1972), de Alberto Luiz,  “O Homem de Nazareth” (1973), de Cláudio Fontana, “Sonhos De Um Palhaço”, com Sérgio Sá, entre outras pérolas da música popular brasileira. Em 1987 gravou seu último trabalho de inéditas, “O Anjo de Cada Um”, pela Copacabana.

No teatro atuou nas montagens “Arena Conta Zumbi” (1969), com direção de Augusto Boal, e “Hair” (1970), dirigida por Altair Lima, entre outros espetáculos. Na teledramaturgia, estrelou em “Toninho On The Rocks” (1970), na Tupi e em “Cara a Cara” (1979), na TV Bandeirantes. No cinema esteve em “Pais Quadrados… Filhos Avançados” (1970), “Geração em Fuga” (1972),  “Som, Amor e Curtição” (1972) , “Salve-se Quem Puder – Rally da Juventude” (1972) e do musical “Com a Cama na Cabeça” (1973). 

Depois de passar por três infartos e constantes internações ao longo dos anos 80 e início dos 90, por conta do alcoolismo e uso de drogas, Antonio Marcos morreu precocemente aos 46 anos, na noite de 5 de abril de 1992, de insuficiência hepática e cardíaca. Deixou 6 filhos frutos de 4 relacionamentos, entre eles a atriz Paloma Duarte, filha da também atriz Débora Duarte e a cantora e ex-apresentadora mirim Aretha Marcos, nascida de sua união com a cantora Vanusa. Em 2015, ano em que completaria 70 anos, teve uma caixa com quatro CDs lançada pelo selo Discobertas.

 

Leia entrevista com o cantor publicada com destaque na Folha em 25 setembro de 1967, há 50 anos:

ANTONIO MARCOS, O OTIMISMO NA MÚSICA

“Vejo uma grande necessidade de reunir-se a juventude e debater, com música ou sem ela, os problemas dos jovens. O ideal seria a Jovem Guarda discutir, por exemplo, literatura brasileira. É necessário que conheçamos melhor as coisas do nosso país, que, no meu entender, não pode ser considerado subdesenvolvido tal o estágio que já alcançou no conceito das nações, em todos os setores.”

Esse é o pensamento do cantor e compositor Antonio Marcos, há pouco saído do conjunto de música jovem “Os Iguais”, para atuar em “faixa própria”. Ele entende ser necessário à Jovem Guarda atuar mais efetivamente no sentido de incentivar a mocidade e as crianças a procurar ser útil à sua terra. E prega uma verdadeira guerra contra o analfabetismo.

 

UMA LUTA, AGORA

“Roberto Carlos, Ronnie Von, Erasmo Carlos, Wanderlea e outros líderes da juventude, que têm inegável ascendência sobre ela, a par do muito que fizeram em seu benefício (atente-se entre muitas outras coisas, para as campanhas em favor das crianças pobres), não podem deixar passar a grande oportunidade que se lhes apresenta para lutar contra o analfabetismo. Basta, por exemplo, que o ‘rei’ comece a dizer, em seus programas que ‘a criança que não estuda hoje será menos útil ao Brasil amanhã’, para que toda a petizada passe a pedir livros a seus pais. Se ele e seus companheiros afirmarem que ‘a criança que não estuda é barra suja’, não tenhamos dúvida: vão procurar estudar. É a força que representa, hoje, a música jovem e seus líderes. E ela deve ser aproveitada ainda mais com vistas ao futuro do país”.

 

A esta altura, o jovem António Marcos – 21 anos apenas, mas muita inteligência e talento que, em curto prazo, todo mundo vai sentir – se inflama e convoca os “cobras”:

“Atualmente, bem poucos se somam entre os que consideram vazia a música jovem e vazios os que nela intervêm; já se reconhece o seu valor como fator de aglutinação de jovens que, enquanto estão reunidos a cantar e a tocar não estão praticando crimes nem se entorpecendo com maconha ou qualquer outro tóxico. Basta atentar para as estatísticas policiais para verificar quanto caiu o índice da criminalidade juvenil –de que, aliás, Ronnie Von deu conta há pouco, à própria Folha de S.PauloÉ hora, portanto, de os grandes da Jovem Guarda encetarem um movimento de grande amplitude para reduzir o quanto possível o número de analfabetismo no Brasil. E todos os setores de atividades devem incorporar-se à campanha, quer fornecendo livros, cadernos e outros materiais escolares, quer contribuindo para o surgimento de mais e mais escolas. As editoras poderiam imprimir livros e distribuí-los gratuitamente ou vendendo a preço de custo a entidades que se propõem a fazê-los chegar aos necessitados; às autoridades ligadas à educação também. Todos devem entrar com o seu quinhão, visto que os benefícios são comuns a todos.”

 

A “SAFRA” SEGUINTE

Antonio Marcos diz que o jovem, geralmente insatisfeito, quase sempre esconde dos demais seu estado de ânimo. Mas tem necessidade de exteriorizar seus pensamentos. Assim, o faz cantando ou compondo –quer em público, quer a sós . “Mas” –acentua– “isso não é tudo: deve fazê-lo também de outras formas e, reunindo-se a outros, debater com eles problemas comuns, pois assim é mais fácil solucioná-los. Deste debate, estou certo, muita inteligência é muito talento podem ser revelados. E quem mais lucra com isso senão o país – que cada vez mais precisa de técnicos em tudo e, de preferência, jovens?”

“Não se deve esquecer que a população brasileira é constituída de jovens de 18 anos para menos em proporção superior a 50%. Isto é muito importante e grave ao mesmo tempo, uma vez que a geração atual precisa estar preparada para atender ao chamado da nação, que dela não pode prescindir.”

 

O jovem compositor e cantor não esconde a sua preocupação pelo futuro dos menores:

“Não se pode deixar de cuidar dos que, agora, recebem as primeiras instruções na escola (ou devem receber) porque esses, tendo em vista a evolução do mundo, quando tiverem 14 anos de idade já sentirão os sintomas experimentados pelos se 18 anos atualmente.”

 

AINDA NÃO SE DEFINIU

Disse que a música jovem tem atuado positivamente nesse sentido e muito ainda pode fazer:

“Para mim – afirmou – a música jovem no Brasil ainda não se definiu, encontrando-se em fase intermediária. Quando ela estiver atuando em pleno vapor, transmitindo ainda mais as boas iniciativas aos jovens, não tenhamos dúvidas: vai influir decisivamente na cultura e na economia nacional. A música jovem, entre nós, além da alegria transmitida, já possibilitou –e ainda o fará muito mais– emprego a muita gente, maior circulação de riquezas e, segundo vocês mesmos já noticiaram, também divisas ao país. Quem, ciente disso tudo, ainda pode considerar vazia a música jovem?”

 

O COMPOSITOR

Quem é esse jovem que pensa em  termos tão elevados quanto realistas? A “ficha”, pois, é necessária: Antonio Marcos, 21 anos, solteiro, estudou até o científico que completou, é poeta e filho de poetas, irmão de pintor e de quatro pequenos cantores, um dos quais compositor também. Antonio Marcos já fez teatro. Na música, começou ainda criança, cantando em programas de seu bairro; participou da “ginkana” apresentada por Vicente Leporace e recebeu muitas medalhas e troféus.

Em 1964, em testes realizados por Silas Roberg, para a seleção de novos valores para o futuro canal 13, foi o cantor-revelação. Depois, foi para o teatro. Com Pascoal Lourenço, figurou em “Pé Coxinho” e “Samba Contra 00 Dólar”, interpretando sambas.

Mais tarde, ligou-se aos “Iguais” –era o moço alto e triste do conjunto. Com eles ficou até o ano passado, quando aceitou proposta de uma gravadora para atuar sozinho. Relutou muito, mas foi.

Agora, já tem um disco na praça: “Perdi Você”, dele mesmo em parceria com Mario Lúcio, do “Iguais”; e “A História de Alguém Que Amou Uma Flor”, que compôs com seu maninho Mario Marcos (apenas 14 anos), do “M-4”, conjunto que integra com três irmão menores.

Brevemente, o poeta será revelado em livro. É que Antonio Marcos está escrevendo um de poesias, que chama de “Restos”. Esse volume será lançado muito em breve.

J.S. Vanni

]]>
0
HÁ 50 ANOS: Em congresso, Costa e Silva diz que crédito rural será facilitado https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/07/29/ha-50-anos-em-congresso-costa-e-silva-diz-que-credito-rural-sera-facilitado/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/07/29/ha-50-anos-em-congresso-costa-e-silva-diz-que-credito-rural-sera-facilitado/#respond Sat, 29 Jul 2017 05:00:09 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/carta29-180x126.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=4515 Terminou nesta sexta (28), na capital brasileira, o 1º Congresso Nacional de Agropecuária, que resultou na “Carta de Brasília”, um dispositivo que tem como objetivo alavancar setor agropecuário do país.

No final do evento, em discurso, o presidente Arthur da Costa e Silva dirigiu um apelo à nação, para que esta colabore com o governo federal na tarefa de transformar o Brasil no “verdadeiro celeiro do mundo”.

O chefe do Estado brasileiro disse também em seu discurso que sua gestão adotará medidas que facilitarão e ampliarão a concessão de crédito aos produtores rurais.

]]>
0
HÁ 50 ANOS: Congresso agropecuário no DF resulta na ‘Carta de Brasília’ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/07/28/ha-50-anos-congresso-agropecuario-no-df-resulta-na-carta-de-brasilia/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/07/28/ha-50-anos-congresso-agropecuario-no-df-resulta-na-carta-de-brasilia/#respond Fri, 28 Jul 2017 05:00:17 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/carta28-180x122.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=4512 Foi aprovada nesta quinta-feira (27), na capital do país, a “Carta de Brasília“, documento fruto do 1º Congresso Nacional de Agropecuária.

Com 19 capítulos, o documento estabelece diretrizes da política nacional de produção agropecuária e seus objetivos e metas, como organização do meio rural, produção, abastecimento, industrialização rural, exportação, organização do poder público e da iniciativa privada.

A carta, segundo consta na redação da própria, é “inspirada nos princípios democráticos de liberdade e nos ideais cristãos de solidariedade humana e social”.

]]>
0
HÁ 50 ANOS: População de São Paulo sofre com preços elevados durante vácuo na Sunab https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/07/24/ha-50-anos-populacao-de-sao-paulo-sofre-com-precos-elevados-durante-vacuo-na-sunab/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/07/24/ha-50-anos-populacao-de-sao-paulo-sofre-com-precos-elevados-durante-vacuo-na-sunab/#respond Mon, 24 Jul 2017 05:00:48 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/sunab-180x83.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=4498 Um problema que afeta o Brasil de maneira geral tem sido muito maior em São Paulo: o aumento dos preços impostos pelo comércio varejista.

A população paulista está à mercê dos comerciantes, notadamente no que se refere aos gêneros alimentícios. Para piorar a situação, a Sunab (Superintendência Nacional do Abastecimento) em SP está parada há uma semana.

Com a saída do general Amâncio Alves de Carvalho da chefia do órgão, as operações de fiscalização não estão sendo realizadas. Com isso, os abusos nos reajustes estão mais evidentes durante este vácuo de comando.

]]>
0
HÁ 50 ANOS: Produtos oriundos do petróleo ficarão mais caros no Brasil até sexta-feira https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/07/18/ha-50-anos-produtos-oriundos-do-petroleo-ficarao-mais-caros-no-brasil-ate-sexta-feira/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/07/18/ha-50-anos-produtos-oriundos-do-petroleo-ficarao-mais-caros-no-brasil-ate-sexta-feira/#respond Tue, 18 Jul 2017 05:00:04 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/Petróleo18-180x135.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=4477 Os preços dos derivados de petróleo devem ser reajustados no Brasil até a próxima sexta-feira (21), devido aos recentes conflitos no Oriente Médio, .

De acordo com fontes do governo federal, o ministro das Minas e Energia, José Costa Cavalcanti, já teria tratado o assunto com o presidente da República, marechal Arthur da Costa e Silva.

Nos últimos 15 dias, o óleo adquirido pelo Brasil, proveniente do Oriente Médio, que corresponde a mais de 80% das importações do país, estaria chegando ao preço de US$ 3,20 por barril. Anteriormente, seu valor oscilava entre US$ 1,90 e US$ 2,10.

]]>
0
HÁ 50 ANOS: Ministro de Costa e Silva culpa governo Castello Branco pela piora na economia https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/07/16/ha-50-anos-ministro-de-costa-e-silva-culpa-governo-castello-branco-pela-piora-na-economia/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2017/07/16/ha-50-anos-ministro-de-costa-e-silva-culpa-governo-castello-branco-pela-piora-na-economia/#respond Sun, 16 Jul 2017 05:00:13 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/critica16-180x146.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=4469 O ministro Helio Beltrão (Planejamento) disse neste sábado (15) na TV que a culpa pela estagnação da economia nacional foi da política financeira do governo Castello Branco.

De acordo com o ministro, merece elogio o esforço realizado pela gestão anterior no combate à inflação, mas condenou o processo usado para tentar alcançar o objetivo.

Beltrão afirmou que o governo anterior partiu do pressuposto de que o problema inflacionário era de demanda e, por isso, passou a impor a redução do deficit orçamentário, o que afetou o capital de giro das empresas e reduziu investimentos e salários.

]]>
0