Atirador fez Noruega chorar e zombou no tribunal
Há exatos cinco anos, o norueguês Anders Behring Breivik matou 77 pessoas em dois atentados, um em Oslo e outro na ilha de Utoeya. Desde a 2ª Guerra Mundial a Noruega não registrava nenhum ataque tão letal assim.
Breivik estacionou uma caminhonete com quase uma tonelada de explosivos em frente a um prédio onde funcionava o escritório do ex-primeiro-ministro Jens Stoltenberg, em uma área central de Oslo que concentra prédios do governo. A explosão matou oito pessoas e deixou dezenas de feridos.
Após este atentado, ainda no dia 22 de julho de 2011, Breivik rumou à ilha de Utoeya, a 40 km da capital, e armado de um fuzil disparou contra um acampamento de jovens organizado pela juventude do Partido Trabalhista matando 69 pessoas.
Dois dias após o massacre e com o suspeito preso e confesso dos ataques, a Folha publicou em Mundo “Extremista norueguês assume massacre”, texto explicando o que houve, com infográfico e perfil de Breivik.
Pouco mais de um ano após os ataques, em agosto de 2012, o atirador foi condenado a pena máxima norueguesa: 21 anos de prisão.
Em março deste ano, Breivik voltou a ser notícia e novamente esteve frente à Justiça da Noruega. Num gesto de afronta a sociedade e as vítimas do holocausto, o atirador fez a saudação nazista no tribunal onde apresentou demanda contra o Estado por suas condições de detenção. Um mês depois, a sentença saiu, e a Justiça da Noruega deu ganho de causa ao extremista de direita.
Apesar de a Justiça conceder ganho de causa a Breivik, sua sentença permaneceu a mesma. O atirador se declarou de extrema-direita, islamófobo, homofóbico, antifeminista e frequentador de sites neonazistas.