Há 5 anos, Amy Winehouse entrou no Clube dos 27
Quando a morte de Amy Winehouse foi anunciada, há exatos cinco anos, muitos fãs se dividiram entre a tristeza e as homenagens. Dona de uma voz potente, queridinha pelos críticos e disputada por produtores musicais, Amy entrou para o Clube dos 27. Ao lado de Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain, a cantora inglesa morreu aos 27 anos.
Amy foi encontrada morta em seu apartamento, no norte de Londres, na Inglaterra. Seu histórico de problemas com álcool e drogas fez com que seus familiares declarassem temer por sua saúde. “A morte dela era apenas uma questão de tempo”, disse a mãe de Amy Winehouse, Janis, a um jornal inglês.
Embora só tenha gravado dois discos (Frank, de 2003, e Back to Black, de 2006), na 50ª edição do Grammy a cantora arrebatou o prêmio em cinco das seis categorias em que disputava. A canção “Rehab” deu a Amy três prêmios: Gravação do Ano, Canção do Ano e Melhor Performance Vocal Pop Feminina.
Apesar do sucesso de crítica e público, graças a sua voz potente, cuja influência vinha das cantoras de soul dos anos 50 e 60, negras ou brancas, americanas ou britânicas, Amy ganhava as páginas dos jornais mundo afora por sua dependência química.
Frases como “Justiça convoca Amy para depor” ou “Amy passa tarde em delegacia” tornaram-se parte de sua carreira, assim como sua qualidade musical.
Há cinco anos a Folha dedicou duas páginas inteiras à morte da cantora. “Amy Winehouse (1983 – 2011)” trouxe o relato do que se tornou público a partir do anúncio de sua morte pela polícia inglesa, além de análises de sua vida e obra pelos críticos do jornal.
Sua passagem pelo Brasil, seis meses antes de sua morte, também foi amplamente coberta pela Folha. E as críticas aos shows não foram das melhores. O primeiro deles, em Florianópolis, em 8 de janeiro de 2011, já dava conta de que a fase da cantora não era das melhores e o que se viu depois, no Rio e em São Paulo, só reforçou as suspeitas.
Em “Amy Winehouse põe público para dormir em São Paulo”, o crítico André Barcinski não poupou críticas à cantora e sua banda. “Amy foi um show de horror: além de desafinar, esqueceu letras, atropelou a métrica e errou o tempo de várias canções, tudo isso enquanto ostentava uma tromba daquelas. Parecia que ela estava fazendo um favor à plateia.”
Sua passagem pelo Brasil só não foi mais melancólica do que sua morte precoce, envolta pela suspeita de overdose e pedidos de privacidade da família.