A atriz americana Halle Berry completa hoje 50 anos. Nascida em Cleveland, no Estado de Ohio, Berry é filha de mãe branca e pai negro. Aos quatro anos seus pais se separaram. Sua mãe a criou para se identificar como negra e a alertou para o que enfrentaria no dia a dia.

Quando venceu o Oscar de Melhor Atriz em 2002 pela atuação em “A Última Ceia” (2001), a atriz lembrou-se das advertências da mãe e do preconceito que assola os EUA. Em seu discurso de agradecimento declarou que “as mulheres negras agora têm uma chance, pois a porta foi aberta”. Embora outras atrizes negras tenham ganho suas estatuetas, nenhuma vencera como Melhor Atriz.

“A Última Ceia” foi lançado um ano depois do primeiro “X-Men” (no qual já participou de quatro deles, sempre como ‘Tempestade’), sua atuação e o Oscar abriram as portas para outros blockbusters. Em 2002, esteve ao lado de Pierce Brosnan em “007 – Um Novo Dia para Morrer” (2002), onde interpretou Jinx e repetiu a cena que Ursula Andress protagonizou em “007 – Contra o Satânico Dr. No” (1962).

Tudo parecia promissor, mas “Na Companhia do Medo” (2003) e “Mulher-Gato” (2004) provaram que não. Por este último, foi protagonista, mas tanto o filme quanto Berry não tiveram o êxito esperado. Como público e crítica não perdoam esses insucessos, “Mulher-Gato” foi indicado em sete categorias ao Prêmio Framboesa de Ouro, o reverso do Oscar, onde são premiados os piores do ano.

Dona de uma beleza singular, Halle Berry foi eleita várias vezes a pessoa mais bonita do mundo pela revista norte-americana “People”. A também norte-americana “Esquire” a elegeu a mulher mais sexy do mundo em 2008. Títulos que refletiram o êxito da garota que, antes de ser descoberta por Hollywood, já havia vencido o Miss Teen All American e em 1986 foi Miss Ohio.

Halle Berry foi casada três vezes, tem dois filhos e continua trabalhando em Hollywood. Está filmando “Kingsman: The Golden Circle”, sem título em português e com previsão de lançamento para 2017. Para quem debutou em 1991 e 11 anos depois ganhava seu primeiro Oscar (o único ainda para uma atriz negra no papel principal), estes 50 anos merecem ser muito comemorados.