Há 20 anos, Tupac Shakur foi assassinado nos EUA
A morte de Tupac Shakur, no dia 13 de setembro de 1996, foi o começo de uma série de ações e reações na cena hip hop dos EUA. O artista, que foi baleado no dia 7 daquele ano ao sair de uma luta de boxe entre Mike Tyson e Bruce Seldon, em Las Vegas, ainda é considerado o melhor rapper de todos os tempos. Discos póstumos, homenagens, referências em álbuns de outros rappers famosos, como Kendrick Lamar, documentários como “Tupac Resurrection” -e até um holograma no show de Snoop Doggy- mantém firme o reinado de Shakur.
Como ocorre com todo mito, muitos afirmam que Pac ainda está vivo. Novas teorias, assim como especulações e notícias de investigações sobre sua morte, surgem frequentemente e são espalhadas pela web.
Com um álbum que vendeu 5 milhões de cópias, “All Yez on Me” (1996), e participação no filme “Poetic Justice”, Pac fez três discos antes de morrer: “2pacalipse
Now” (1991), “Strictly 4 My N.I.G.G.A.Z.” (1993) e “Me Against the World” (1995). O rapper ainda protagonizou ”Gridlock d”, com Tim Roth, filme que estreou após sua morte.
Poeta e ator, representante do estilo gangsta rap, Tupac cantava sobre a vida violenta nos guetos, algo que muitos rappers também versavam, mas a dramatização de Shakur era única, cativava o público. Com letras cruas, muitas vezes machistas e niilistas, o estilo gangsta dominou os anos 1990.
Tupac Shakur representava a vida nas ruas, já tinha sido ferido em um tiroteio em 1994 e cumpriu sete meses na prisão ao ser condenado por estupro. Mas, na contradição demasiada humana do meio rap, Tupac é lembrado por músicas como “Brenda’s got a baby”, que aborda gravidez precoce e o sofrimento de uma adolescente, e “Dear mama”, rap que fez para homenagear Afeni Shakur, sua mãe, que foi membro dos Panteras Negras.
No dia de seu assassinato, Tupac Shakur estava ao lado do controverso Suge Knigth , gerente da gravadora Death Row. Suge também foi baleado, sofreu ferimentos na cabeça e foi liberado do hospital. A vida do rapper mais famoso do mundo vai ser retratada no filme “All Yez on Me”, com lançamento previsto para novembro nos EUA.
Escrito por JAIR DOS SANTOS CORTECERTU