Há 50 anos, PMs e estudantes entraram em choque

Cristiano Cipriano Pombo

O mês de setembro de 1966 foi marcado por choques entre estudantes e policiais militares nas principais capitais do país.

Há exatos 50 anos, um violento choque entre a polícia carioca e estudantes, que realizavam passeata na avenida Rio Branco, deixou sete feridos, sendo dois soldados e cinco alunos, e pelo menos 200 detidos.

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Manchete da Folha de S.Paulo em 16 de setembro de 1966

Os universitários protestavam contra o pagamento de anuidades nas faculdades e “a política do governo” para a educação.

Um grande aparato da Polícia Militar, com mais de 15 mil soldados, teve êxito, no início, para sufocar a passeata. Mas, assim que os estudantes conseguiram se concentrar na avenida Rio Branco, houve conflito. A PM iniciou prisões e espancamentos, enquanto lançava bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.

À época, jornalistas também chegaram a ser detidos pela polícia, o que motivou nota de protesto da Federação dos Jornalistas Profissionais.

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Trecho de reportagem da Folha de 16 de setembro de 1966

 

O então secretário de Segurança da Guanabara, o general Dario Coelho, destacou à época que a passeata estava infiltrada de subversivos. E a repercussão dos episódios foi tanta que entradas e saídas da cidade ficaram sob vigilância.

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Trecho de reportagem da Folha de 16 de setembro de 1966

 

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