No Há 50 Anos desta semana, eleição de Costa e Silva e ‘anticoncepcional não faz mulher barbada’

Cristiano Cipriano Pombo

A semana que passou foi “cheia” há 50 anos.

Já no dia 3 de outubro de 1966, a Folha informava que o MDB, partido de oposição ao governo militar, ameaçava punir quem votasse em Arthur da Costa e Silva, na eleição indireta que seria realizada no Congresso Nacional para escolher o sucessor de Castello Branco na Presidência da República.

3.out.1966

No dia seguinte, o assunto da capa da Folha, como não poderia deixar de ser, foi a eleição de Arthur da Costa e Silva e Pedro Aleixo, em pleito que contou com votos de 40 senadores e 255 deputados.

4.out.1966

 

Em 5 de outubro de 1966, além de declarações do presidente eleito indiretamente sobre a economia, a notícia que assustou foram três bombas caseiras explodiram no Rio de Janeiro, nas sedes dos ministérios da Guerra e da Fazenda.

 

5.out.1966

No dia 6 de outubro, outro assunto que chamou a atenção do mundo todo esteve nas páginas da Folha:  a anulação da sentença de morte para Jack Rubin, que fora condenado por ter matado Lee Harvey Oswald, assassino do presidente John F. Kennedy.

 

6.out.1966

 

Em 7 de outubro de 1966, uma notícia bastante curiosa chamou a atenção nas páginas da Folha, quando um catedrático da Faculdade Nacional de Medicina, Francisco Vitor Rodrigues, rebateu dermatologistas franceses na questão da pílula anticoncepcional. De acordo com Rodrigues, se a informação espalhada pelos franceses fosse correta: “No Brasil, deveria haver milhares de barbudas, bigodudas e carecas, pois aqui são vendidas mensalmente 5 milhões de pílulas”.

 

 

7.out.1966

 

 

E, fechando a semana, a seção Há 50 Anos mostrou o ministro da Fazenda, Octávio Gouvêa de Bulhões, admitindo que os resultados da política econômica ficaram abaixo do esperado diante do “desastre financeiro” enfrentado pelos governos estaduais e no que dizia respeito à inflação.

8.out.1966