Líder e fundador da Al Qaeda, terrorista Osama bin Laden completaria 60 anos nesta sexta-feira (10)
Fundador do grupo Al Qaeda, responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, o saudita Osama bin Laden, caso ainda estivesse vivo, completaria 60 anos nesta sexta-feira (10).
Um dos mais de 50 filhos do bilionário Muhammad bin Laden, o líder terrorista estudou administração na Universidade de Rei Abdul Aziz, em Jeddah, na Arábia Saudita.
Apesar de ter nascido na Arábia Saudita, Osama bin Laden participou da resistência afegã contra os soviéticos –que invadiram o país em 1979–, por considerar a atitude uma agressão ao islã. Ele foi responsável por levantar fundos, recrutar e treinar voluntários árabes contra a ocupação.
Com a retirada da União Soviética do Afeganistão, em 1989, o militante retornou ao seu país de origem, onde foi recebido como herói. Porém, um ano antes, ele havia criado a Al Qaeda, um grupo com os voluntários da guerra afegã, com objetivos até então obscuros e sem uma agenda de operações.
Com a iminente ameaça do Iraque de Saddam Hussein invadir a Arábia Saudita, Osama bin Laden pediu permissão para usar seus combatentes na defesa do país, o que foi negado pelo governo, que preferiu ajuda de tropas dos EUA para proteção durante a Guerra do Golfo (1990 a 1991).
A confiança nos americanos revoltou o líder da Al Qaeda, que saiu do país e se instalou no Sudão. A partir deste momento, ele iniciou uma agenda violenta contra a ameaça de domínio dos EUA no Oriente Médio.
No país africano, Osama bin Laden recrutou e treinou mais militantes islâmicos e expandiu a infraestrutura de seu grupo.
O líder da Al Qaeda foi expulso do país em 1996, após forte pressão internacional. No mesmo ano, com a intenção de estabelecer um califado –um único Estado islâmico, declarou uma “guerra santa” contra os americanos, acusando-os de pilhar riquezas naturais do mundo muçulmano e de ocupar locais sagrados do islã.
Em 1998, Osama bin Laden comandou uma série de atentados terroristas a embaixadas dos EUA em solo africano, que provocaram a morte de 224 pessoas. Os ataques foram retaliados pelos americanos, que bombardearam supostas bases do terrorista no Afeganistão.
Dois anos depois, a Al Qaeda atacou o navio de guerra americano USS Cole, no Iêmen. O ataque matou 17 marinheiros. Mas o pior golpe nos Estados Unidos ainda seria dado.
Com milhares de seguidores espalhados pelo mundo, Osama bin Laden organizou o maior atentado terrorista da história, quando, em 11 de setembro de 2001, militantes de seu grupo sequestram quatro aviões.
Duas aeronaves foram lançadas de encontro ao conjunto de prédios World Trade Center, em Nova York, uma terceira no Pentágono, em Washington, e quarta caiu em uma área rural da Pensilvânia após passageiros –informados dos acontecimentos por celular– tentarem dominar os sequestradores.
Os mortos nos ataques, contando os passageiros dos aviões e bombeiros que estavam resgatando vítimas nas Torres Gêmeas, chegaram a 2.977.
Mesmo sem nenhum grupo ter reivindicado a autoria dos atentados, o então presidente dos EUA, George W. Bush, prometeu perseguir e punir os responsáveis e declarou “guerra ao terror”.
Bin Laden era considerado o principal suspeito, o que fez com que os americanos iniciassem uma escalada de ataques no Afeganistão, onde o terrorista estaria sendo protegido pelo Taleban.
Nos anos seguintes, enquanto era procurado entre a fronteira de Afeganistão e Paquistão, Osama Bin Laden se pronunciou em vídeo algumas poucas vezes. Em uma delas, em outubro 2004, assumiu a responsabilidade pelos ataques de 11 de setembro de 2001.
A caça ao terrorista mais procurado de todos os tempos chegou ao fim apenas em 2 de maio de 2011, quando os Navy Seals –membros das forças especiais americanas– invadiram um complexo em Abbottabad, no Paquistão, e o mataram.
A notícia da ação que matou o líder da Al Qaeda foi dada na TV pelo ex-presidente Barack Obama.
Após exames de identificação, o corpo de Osama bin Laden foi enterrado no mar, para evitar que fosse criado um local de peregrinação.