“Sabia que podia ganhar. Acreditava mesmo quando perdia o quinto set”, disse o brasileiro Gustavo Kuerten, número 66º do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), após a emocionante vitória contra o número cinco do mundo, o austríaco Thomas Muster, naquele dia 30 de maio de 1997, pelo Aberto da França.

A confiança mostrada por Guga de fato foi determinante. Do outro lado da quadra estava um top cinco do tênis mundial, especialista no piso saibro, campeão de Roland Garros em 1995 e que chegou a estar vencendo o quinto e decisivo set. Prevaleceu a convicção do brasileiro, que virou o jogo e venceu com parciais de 6/7, 6/1, 6/3, 3/6 e 6/4.

A vitória deu ao catarinense a melhor campanha entre latinos na história do torneio (da era profissional do tênis). Essa conquista foi, ao lado da eliminação do americano Pete Sampras (número um do mundo), o assunto da terceira rodada em Roland Garros.

Para Guga, ter vencido Muster foi o maior momento de sua carreira até então, mesmo tendo derrotado naquele mesmo ano o americano Andre Agassi e o sul-africano Wayne Ferreira, que se encontravam mais bem colocados no ranking mundial. “Em Grand Slam é diferente, ainda mais sobre um top ten. Este é o dia mais feliz da minha vida”, disse o brasileiro, que após o jogo festejou com seu irmão, Rafael, e com seu técnico, Larri Passos.

A próxima partida de Kuerten, em 1º de junho, valeria vaga para as quartas de final. Pela frente ele teria o ucraniano Andrei Medvedev, 20º do ranking. Antes, porém, voltaria à quadra ao lado de Fernando Meligeni, pelo torneio de duplas, contra os norte-americanos Rick Leach e Jonathan Stark, no dia 31.