Há 45 anos, ex-Beatle Paul McCartney viu sua fissura por maconha virar caso de polícia

Os meses de agosto e setembro de 1972 não foram muito bons para Paul McCartney e sua fissura pela maconha.

Isso porque o ex-Beatle, primeiro, foi preso na Suécia, em 10 de agosto de 1972, por porte de 200 gramas de maconha. Na ocasião, a polícia chegou a interromper um show da banda Wings atrás do músico e compositor e de sua mulher, Linda Eastman.

Na época, após ser liberado com pagamento de multa de US$ 1.800 e ser expulso do pais escandinavo, o casal não fez questão de esconder o motivo da prisão quando chegou à Inglaterra. No dia seguinte, Paul concedeu entrevista ao jornal “Daily Mail” afirmando que, sim, fumava maconha.

O ex-Beatle comparou sua predileção pelo fumo de maconha com a opção de um trabalhador que chega em casa opta por beber um drinque.

Paul McCartney e Linda Eastman chegam para prestar depoimento em delegacia, em Gotemburgo, na Suécia, em agosto de 1972 (Crédito: Associated Press)

Contudo as autoridades não ficaram felizes. Tanto que em 20 de setembro, há 45 anos, a polícia escocesa invadiu duas fazendas do músico em Campbelltown. O motivo da batida policial eram denúncias de que a família McCartney tinha plantas estranhas na propriedade (leia-se pés de maconha).

No ano seguinte, o ex-Beatle foi multado por cultivar pés de maconha em sua casa na Escócia.

O ápice ocorreu em 16 janeiro de 1980, quando foi detido no aeroporto de Narita, em Tóquio, onde faria uma série de  11 shows com os Wings. Na ocasião, com a mulher e os quatro filhos, foi pego com 219 gramas de maconha na bagagem.

O caso ganhou repercussão mundial. Cinco anos antes, as autoridades japonesas já tinham se recusado a autorizar a entrada de McCartney no país –só cederam em 1980, após muitos pedidos de promotores musicais nipônicos.

Paul McCartney, então com 37 anos, passou dez dias atrás das grades e saiu de lá para fora do país –isso graças à pressão dos fãs.

Outro episódio em que a maconha foi protagonista na vida de Paul McCartney foi em 2008, quando da separação de sua segunda mulher, Heather Mills, que, durante a audiência de divórcio em 2008, revelou que um dos motivos do rompimento era o vício do cantor em maconha.

Contudo, assim como nas vezes em que foi flagrado, teve igual repercussão o anúncio feito pelo cantor em 30 de maio de 2015, quando afirmou que “parou de fumar maconha para não dar mau exemplo aos netos“.

“Já não faço. Por quê? A verdade é que não quero dar um mau exemplo para meus filhos e netos. Agora é uma questão de paternidade”, declarou à época, com 72 anos.

“Antes, eu era simplesmente um tipo que andava por Londres, e as crianças eram pequenas, portanto o que tentava era não fazer diante deles”, afirmou em entrevista ao jornal “The Daily Mirror”.

“Ao invés de fumar um baseado, agora tomo uma taça de vinho ou uma boa margarita. A última vez que fumei foi há muito tempo”, assegurou.

De acordo com Paul, foi o cantor americano Bob Dylan que lhe apresentou a maconha em agosto de 1964.

Independentemente do vício, Paul McCartney sempre se manteve em forma na música. E se prepara para vir ao Brasil, onde fará quatro shows em outubro –desde 1990, o ex-Beatle já protagonizou 20 apresentações no país.

 

 

 

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