1928: Nasce Ernesto Guevara, futuro Che e símbolo da resistência ao imperialismo
Ernesto Guevara de la Serna, mais conhecido como Che Guevara, se estivesse vivo, completaria nesta quinta-feira (14) 90 anos.
Morto há mais de meio século na Bolívia, Guevara era argentino, natural de Rosario, mas passou 17 anos na província de Córdoba.
Diagnosticado com asma desde pequeno, teve uma infância limitada e foi alfabetizado em casa pela mãe. Porém isso não o impediu de praticar esportes quando se sentia melhor. Nem de fazer a viagem (de Buenos Aires a Caracas), aos 22 anos, de motocicleta ao lado do amigo Alberto Granado.
As descobertas pelo continente se tornaram livro e anos mais tarde filme, pelas mãos do diretor Walter Salles.
O aventureiro, o médico, o guerrilheiro da Revolução Cubana (1959), do Congo e, por fim, da Bolívia, tornaria-se mito após sua morte, em 1967.
Justamente um ano antes da convulsão estudantil e mundial que sacudiu o globo e começava a ter seu nome mencionado como símbolo de resistência ao imperialismo até estampar murais, camisetas e, décadas mais tarde, um sem fim de produtos comerciais ao redor do mundo.
Figura o Che de olhar fixo retratado por Alberto Korda; não o guerrilheiro abatido em La Higuera e exibido a fotógrafos por “rangers” bolivianos.
O Blog Acervo Folha resgata dois textos publicados antes do primeiro ano de seu assassinato, ambos assinados pelo jornalista boliviano Villar Borda, que testemunhou os últimos dias do guerrilheiro.
“Chê” teria sido morto depois de preso
Às 7 horas do dia 8 de outubro de 1967, um camponês chamado Victor entrou no posto do Exército em Higuera, na região oriental da Bolívia.
Era para informar ao oficial de dia que havia visto um grupo de homens desconhecidos durante à noite nas matas próximas de seu rancho, a oito quilômetros dali. O oficial pagou Victor pela informação e imediatamente começou a transmiti-la às unidades de “rangers” bolivianos mobilizadas na área, que acabavam de concluir um curso especial contra guerrilhas, dirigido por oficiais norte-americanos.
O Exército boliviano tentava localizar o principal, e provavelmente último grupo, de guerrilheiros depois de uma sangrenta campanha de quase sete meses.
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