Acervo Folha https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br No jornal, na internet e na história Fri, 19 Feb 2021 13:40:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Roubo da taça Jules Rimet na sede da CBF completa 35 anos https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/12/19/roubo-da-taca-jules-rimet-na-sede-da-cbf-completa-35-anos/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/12/19/roubo-da-taca-jules-rimet-na-sede-da-cbf-completa-35-anos/#respond Wed, 19 Dec 2018 09:00:31 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2018/12/Jules-Rimet_tratada-e1545169162859-247x213.jpg https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=10680 Em 1983, cerca de 13 anos depois de ter ajudado a seleção brasileira a ganhar a Copa do México, o ex-volante Clodoaldo tomou um susto em uma manhã ao ler a notícia bombástica no jornal: a taça Jules Rimet foi roubada da sede da CBF, no Rio de Janeiro.

“Fiquei espantado na hora. É uma coisa absurda e inexplicável. Aquela taça representava muito para o Brasil e para todos os que gostam de futebol”, disse o ex-jogador para a reportagem do Banco de Dados Folha.

A taça Jules Rimet foi conquistada, em definitivo, pela seleção no dia 21 de junho de 1970, com a goleada de 4 a 1 sobre a Itália na final do Mundial, no estádio Azteca, na Cidade do México.

Conforme as regras da Fifa, a primeira equipe que vencesse a Copa três vezes ficaria com o troféu. E o Brasil já havia triunfado em 1958 e 1962.

“Quando fomos campeões, a taça passou pelas mãos dos jogadores em campo. Foi muito emocionante quando a segurei. Em um momento como aquele, a gente nem repara direito [nos detalhes da taça]. Mas a Jules Rimet, realmente, era linda”, relatou.

Clodoaldo, em 1970 – Folhapress

Nesta quarta-feira (19), o sumiço do troféu completa 35 anos. O seu paradeiro é ainda um mistério, mas a versão mais difundida é a de que ela foi derretida.

“Duas datas ficaram marcadas. Uma alegre, do dia da conquista do Brasil no México, e a outra triste, do dia do roubo”, declarou Clodoaldo.

A taça tinha 35 centímetros de altura, pesava aproximadamente 3,8 quilos e representava a deusa grega da vitória. Era feita de prata, coberta com ouro, e era fixada em uma base de pedra semipreciosa. Também havia placas de ouro com os nomes dos países campeões.

A primeira Copa foi realizada em 1930, e os jogadores do Uruguai, país que sediou o Mundial, foram os vencedores, recebendo o troféu.

Em 1934, a taça passou para as mãos dos italianos, campeões da Copa em seu país. A Itália voltou a repetir o feito em 1938, quando conquistou o torneio na França.

Por causa da Segunda Guerra, a competição não foi realizada nos anos 40.

De acordo com a Fifa, durante o conflito o precioso troféu chegou a ficar escondido dentro de uma caixa de sapatos, em baixo da cama do então vice-presidente da entidade, o italiano Ottorino Barassi. A intenção do cartola foi impedir que a taça fosse tomada pelos soldados que ocupavam o seu país.

Depois da guerra, a Fifa decidiu batizar o troféu com o nome de Jules Rimet, em homenagem ao dirigente idealizador da Copa. O torneio voltou a ser realizado em 1950 no Brasil.

A base da taça foi trocada em 1954, por precisar de mais espaço para gravar os nomes dos times campeões. Uma nova parte, maior, foi colocada como suporte.

Base original da taça com placa do título do Uruguai em 1950 (Foto: Fábio Aleixo)

Furto em Londres

Em 1966, a Copa seria disputada na Inglaterra, e a Fifa autorizou que taça ficasse exposta em um evento em Londres.

A taça deveria permanecer em uma caixa de vidro fechada e ficar sob vigilância o tempo inteiro. Mas não foi isso o que ocorreu. No dia 20 de março daquele ano, no período em que a exposição estava fechada, alguém entrou pelas portas dos fundos e furtou a Jules Rimet.

Não foram os agentes da famosa Scotland Yard (polícia metropolitana de Londres) quem encontraram o troféu, mas, sim, o cachorro Pickles e o seu dono David Corbett.

O animal começou a farejar um pacote diferente (um objeto estava revestido por jornais e amarrado por barbantes) perto da roda de um carro.

Corbett disse que inicialmente pensou que fosse uma bomba, mas que ficou tomado pela curiosidade. Foi assim que a taça foi encontrada.

“Eu rasquei [o pacote] um pouco em baixo e havia um disco simples. Então, rasguei em volta e lá estava escrito Brasil, Alemanha, Uruguai [nomes dos países campeões grafados no troféu]”, afirmou Corbett para o site da Fifa.

No dia 30 de julho de 1966, o objeto achado por Pickles seria erguido pelo capitão da seleção inglesa, Bobby Moore, após a vitória sobre a Alemanha na final do Mundial.

Brasil

A última Copa com a Jules Rimet foi a de 1970 no México, quando Clodoaldo, Gérson, Pelé e seus companheiros brilharam. Com o tricampeoanto brasileiro, esse troféu foi entregue para a CBF e um novo foi criado para o Mundial seguinte.

Diferentemente da primeira taça, o novo troféu, chamado de Copa do Mundo Fifa, não fica, em definitivo, com nenhuma seleção. Muda de posse, sempre quando surge um novo campeão.

A taça Jules Rimet foi roubada no dia 19 de dezembro de 1983 no prédio da CBF, que ficava rua da Alfândega, no Rio de Janeiro.

Segundo relatos, ela ficava exposta na sala de reuniões, no nono andar do prédio, em uma vitrine de vidro que seria a prova de bala. Só que esse vidro estava instalado em uma moldura de madeira, podendo ser arrombado.

Já a réplica desse troféu, que também continha ouro e era usada para substituir a original em viagens, estava guardada em um cofre de aço.

Para invadir o prédio, os ladrões renderam um vigia.

A edição da Folha de 21 de dezembro de 1983 informou que os policiais consideraram precárias a segurança da vitrine em que estavam a Jules Rimet e os outros três troféus roubados na ação.

O então presidente da CBF, Giuliete Coutinho, rebateu e disse que precária era a segurança oferecida pela polícia aos cidadãos.

“O serviço de segurança que eles oferecem é praticamente mínimo, e agora vêm nos criticar. A taça Jules Rimet estava onde sempre esteve desde que foi conquistada pelo Brasil em 1970”, disse o dirigente, na época.

Segundo o presidente da CBF, a taça estava segurada em aproximadamente Cr$ 30 milhões (R$ 375 mil), pois era esse o valor correspondente à parte em ouro (1,8 kg).

Em 12 de maio de 1988, a Folha divulgou que a Justiça condenou a nove anos de prisão Sérgio Pereira Ayres (conhecido como Sérgio Peralta), José Luiz Vieira da Silva (Luiz Bigode) e Francisco José Rocha Rivera (Chico Barbudo), acusados de terem roubado a Jules Rimet. Já Juan Carlos Hernandes pegou a pena de três anos de prisão como receptor.

Conforme texto publicado na Ilustríssima em 25 de maio de 2014, assinado por Anélio Barreto,  Peralta foi preso em 1994 e ganhou liberdade condicional quatro anos depois. Chico Barbudo morreu assassinado em 1989. Luiz Bigode foi capturado em 1995 e ganhou liberdade condicional após três anos. Já Hernandes foi preso em 1998, mas por tráfico de drogas, e não por causa do roubo na CBF.

Reportagem sobre o roubo da Jules Rimet publicada na Folha – 21.dez.1968/Reprodução

 

 

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1968 – AS 28ª E 29ª BOMBAS: Avião da praça 14 Bis e multinacional viram alvos https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/12/17/1968-as-28a-e-29a-bombas-aviao-da-praca-14-bis-e-multinacional-viram-alvos/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/12/17/1968-as-28a-e-29a-bombas-aviao-da-praca-14-bis-e-multinacional-viram-alvos/#respond Mon, 17 Dec 2018 09:00:38 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2018/12/aviaoC3-320x213.jpg https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=10645 Quatro dias após o então presidente do Brasil, Arthur da Costa e Silva, ter baixado o Ato Institucional nº5 e endurecido o regime ditatorial, duas bombas explodiram na região da Grande São Paulo na madrugada de 17 de dezembro de 1968.

Um dos alvos foi o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que ficava exposto como um monumento na praça 14 Bis, perto da avenida 9 de Julho, na Bela Vista, região central de São Paulo.

O outro ponto de ataque foi  na  seção de classificação de algodão da multinacional americana Anderson, Clayton & Company, em São Caetano do Sul. As duas ações não deixaram feridos.

Essas foram as últimas duas das 28 bombas em 1968 na região metropolitana de São Paulo que foram contabilizadas em um levantamento do Banco de Dados da Folha. As histórias de todos os casos foram relatados no Blog do Acervo em 2018.

Clique na imagem e confira o mapa das bombas em São Paulo em 1968

A bomba na praça 14 Bis não teve grande poder destrutivo. Danificou a fuselagem e a asa direita do avião C-3, que havia sido transformado em um monumento para homenagear os pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira).

O veículo aéreo, utilizado em combates na Itália durante a Segunda Guerra, foi adaptado e colocado sobre uma armação de cimento para que pudesse ser visto com maior facilidade. Em sua volta, para isolá-lo, foi colocada uma corrente presa a cápsulas usadas também na guerra. Porém as crianças costumavam entrar na área para brincar.

O autor do atentado, assim como faziam as crianças nas brincadeiras, passou pelas correntes. Deixou o artefato junto ao pedestal do monumento e fugiu.

A explosão não fez com que o avião caísse, mas provocou a quebra de vidros em vários prédios vizinhos. O barulho foi ouvido até da delegacia que funcionava na rua Marques de Paranaguá (a aproximadamente um quilômetro do local).

Os agentes foram à praça e recolheram panfletos com mensagens atribuídas ao ex-deputado Carlos Marighella. Ele lutava contra a ditadura e era líder de um grupo armado que viria a receber o nome de ALN (Ação Libertadora Nacional).

O texto divulgado nos panfletos negava a participação de Marighella em assaltos, mas o ligava aos movimentos contra o regime militar. Também havia a reclamação de que os Estados Unidos tinham se transformado em donos do Brasil.

Em 18 de maio de 1992, a Folha publicou uma reportagem, assinada pelo jornalista Mario Cesar Carvalho, relatando que o arquiteto e artista plástico Sérgio Ferro participou do ataque contra o avião da FAB.

Na época da ditadura, Ferro integrava o “Grupo de Arquitetos”, que tinha ligação com a ALN. Também chegou a fazer a ponte com a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária). Ficou preso por um ano, entre dezembro de 1970 e dezembro de 1971, e foi torturado.

Da França, onde radicou-se no exílio, Ferro comentou a ação na praça 14 Bis. “Isso foi ridículo. O avião não caiu, coitado, ficou lá”, declarou.

Na mesma reportagem de 1992, o arquiteto fez uma revelação, bem mais séria. Disse ter colocado, junto com o arquiteto Rodrigo Lefévre (1938-1984) e com uma outra pessoa que ele não contou o nome, a bomba no Consulado dos Estados Unidos na madrugada de 19 de março de 1968.

A explosão atingiu o estudante Orlando Lovecchio Filho, que passava pelo local e teve que amputar o terço inferior de sua perna esquerda.

A reportagem do Banco de Dados Folha não conseguiu entrar em contato com Ferro.

São Caetano do Sul

Assim como ocorreu na praça 14 Bis, panfletos com mensagens que seriam de Marighella foram encontrados onde explodiu a outra bomba da madrugada de 17 de dezembro de 1968.

O petardo foi colocado na porta do prédio da Anderson, Clayton & Company no centro de São Caetano do Sul. Com a detonação, a porta de ferro foi bastante danificada. Vários vidros do edifício também ficaram quebrados.

Antes disso, os agentes estavam empenhados em averiguar uma falsa ameaça.

Uma ligação telefônica anônima, por volta das 23h, informava que uma bomba seria jogada na empresa Matarazzo Rayon (a cerca de 2,5 quilômetros da Anderson) em dez minutos.

Com isso, viaturas da Rádio-Patrulha, dos Bombeiros e da Polícia Civil se dirigiram para o local para realizar as buscas, tomando um drible.

A polícia só ficou sabendo do verdadeiro ataque por volta das 3h30 com um telefonema de um morador da região.

O Dops (Departamento de Ordem Política e Social) foi avisado do ataque pela delegacia de São Caetano, mas o delegado de plantão não pôde ir ao local de prontidão, porque estava ocupado no caso da praça 14 Bis.

O chefe da Polícia Federal em São Paulo, o general Silvio Correia de Andrade, disse acreditar que foi o mesmo grupo que realizou as duas ações.

Independentemente de quem foi o autor da ação em São Caetano, o fato foi que mais uma vez a ditadura voltou a ser desafiada em 1968.

Prédio da Anderson, Clayton em São Caetano depois do ataque – Reprodução

Leia também:

1968 – A PRIMEIRA BOMBA: Explosão no Consulado dos EUA deixa feridas abertas até hoje

1968 – A SEGUNDA BOMBA: Depois de alarme na Polícia Federal, explosão atinge coração da Força Pública

1968 – A TERCEIRA BOMBA: Explosão endereçada ao 2º Exército fere 2 pessoas

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Hipopótamos, fogueira de dinheiro e prisão de luxo marcaram o traficante Pablo Escobar, morto há 25 anos https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/12/02/hipopotamos-fogueira-de-dinheiro-e-prisao-de-luxo-marcaram-o-traficante-pablo-escobar-morto-ha-25-anos/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2018/12/02/hipopotamos-fogueira-de-dinheiro-e-prisao-de-luxo-marcaram-o-traficante-pablo-escobar-morto-ha-25-anos/#respond Sun, 02 Dec 2018 09:00:39 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2018/12/hipo-320x213.jpg https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=10542 Quando estava em cima do telhado durante uma fuga, na tarde de 2 de dezembro de 1993, o mais famoso narcotraficante do mundo, o colombiano Pablo Escobar Gavíria, foi alvejado e morto, em Medellín.

Ele tentava escapar de um cerco montado por forças do Exército e da polícia, conforme consta a versão oficial.

O cartel da cidade, liderado por Escobar, chegou a responder por cerca de 80% do fornecimento de cocaína ao Estados Unidos, segundo dados da DEA, a agência norte-americana de combate às drogas.

Estima-se que a organização criminosa tenha sido responsável pela morte de mais de 4.000 pessoas.

O traficante estava foragido desde julho de 1992, quando tinha escapado de uma prisão em Envigado (a cerca de 20 quilômetros de Medellín).

A cadeia em que ficou (conhecida como La Catedral) poderia ser mais comparada a um luxuoso hotel do que a um centro de detenção.

A imprensa colombiana divulgou que os traficantes teriam à disposição, de dentro do cárcere, banheira com hidromassagem, televisão de 60 polegadas, videocassete, telefones celulares e armas.

Foi Escobar quem teria mandado construí-la, já projetando a possibilidade de se entregar para a polícia, o que ocorreu ao obter a garantia de que não seria extraditado aos Estados Unidos.

Edição da Folha de 20 de junho de 1991

Ficou 13 meses detido. Só optou pela fuga quando soube que seria transferido de penitenciária, depois que seus privilégios se tornaram público.

Fogueira de dinheiro

Para escapar da polícia e de seus inimigos, Escobar organizou um esquema com esconderijos em várias casas espalhadas pela região.

Em março de 2015, um de seus filhos, Juan Pablo Escobar Henao, falou para a revista colombiana Don Juan que seu pai, quando estava foragido, chegou a fazer uma fogueira com notas de dinheiro, em um total de US$ 2 milhões, por causa do frio intenso.

Isso ocorreu quando a família estava escondida em uma habitação rústica, em uma das montanhas que rodeiam Medellín. A polícia havia armado um bloqueio na área, e eles não poderiam deixar o local naquele momento.

Segundo o filho, a sua irmã começou a sentir mal por causa da hipotermia. O pai, então, decidiu queimar dois sacos de dinheiro para aquecê-los.

Pablo Escobar foi muito rico. Seu nome constou na lista de bilionários da revista Forbes por sete anos, de 1987 a 1993. Na primeira edição, a publicação informou que o traficante recebia a maior fatia, estipulada em 40%, dos negócios do Cartel de Medellín.

A revista estimou que, ao longo de 1987, o criminoso teria movimentado sozinho US$ 3 bilhões (cerca de R$ 11,56 bilhões) e o seu patrimônio líquido seria de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 7,71 bilhões).

Fortuna que começou a ser formada na segunda metade da década de 1970. Em 1980, ele já tinha sua própria organização para o envio de drogas aos Estados Unidos.

Juan Pablo Escobar Henao passou a adotar o nome de Sebastián Marroquín depois da morte de seu pai (foto: Enrique Marcarian – 6.nov.2009 / Reuters)

Hipopótamos

Com dinheiro em abundância, Escobar comprou mansões, fazendas, edifícios de apartamentos, escritórios e obras de arte. Uma de suas investidas foi montar um zoológico particular na Hacienda Nápoles, onde também tinha uma luxuosa casa.

Comprou quatro hipopótamos, que se adaptaram bem ao clima e procriaram bastante. Com os anos, os animais viraram uma preocupação na região.

O pesquisador David Echeverri, de uma agência ambiental do governo colombiano, disse para o site da revista National Geographic Brasil que o problema ainda persiste.

Em entrevista publicada em agosto de 2018, Echeverri afirmou que entre 26 e 28 hipopótamos vivem no lago da Hacienda Nápoles, mas relatou que há evidências de que pequenos grupos ou animais solitários tenham migrado pelo rio Magdalena e ido para outras áreas.

“É possível que haja até 40 hipopótamos na região. Em dez anos, este número pode chegar a quase 100 se não forem administrados”, afirmou o pesquisador.

Sem símbolos

Assim como a Hacienda Nápoles, há outros lugares relacionados a Escobar, que atraem pessoas curiosas sobre a vida do traficante.

Como mostrou a reportagem da jornalista Sylvia Colombo, na edição de 9 de outubro de 2018 da Folha, Medellín lançou ofensivas para apagar os símbolos do auge de Escobar.

O edifício Mônaco, onde a família do traficante morou, vai dar lugar a um memorial para as vítimas. O prefeito da cidade, Federico Gutiérrez, foi quem iniciou a demolição simbólica do prédio.

“Apagar o passado é impossível, devemos aprender com ele e construir uma melhor cidade a partir do que aprendemos perdendo tantos seres queridos”, declarou Gutiérrez.

O prefeito Federico Gutiérrez iniciou a demolição simbólica do prédio de Mônaco – Reprodução
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Há 50 anos, Iguatemi tornou-se 1º shopping de SP https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/11/27/ha-50-anos-iguatemi-tornou-se-1o-shopping-de-sp/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/11/27/ha-50-anos-iguatemi-tornou-se-1o-shopping-de-sp/#respond Sun, 27 Nov 2016 04:00:42 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2016/11/Shopping_Iguatemi._Revista_Sao_Paulo.1-180x118.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=1746 Há 50 anos, a cidade de São Paulo inaugurava seu primeiro shopping center.

Então maior centro de compras da América do Sul, o Shopping Center Iguatemi foi inaugurado oficialmente no dia 27 de novembro de 1966, às 17h. Na ocasião, o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Agnelo Rossi, celebrou uma missa, momento antes de o governador Laudo Natel e o prefeito Faria Lima, com outras autoridades, visitarem as dependências do local.

Naquele dia, um dos destaques da festa para o público de 5.000 pessoas foi uma série de apresentações musicais, realizada a partir das 19h, que contou com Chico Buarque, Nara Leão, Chico Anysio, Eliana, Booker Pittman e Caçulinha.

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Anúncio publicado na Folha em 27 de novembro de 1966, sobre a inuguração do shopping Iguatemi (Crédito: Folhapress)

A construção do local já era anunciada nas páginas da Folha desde 1964, quando, por meio de anúncios, o engenheiro-arquiteto civil Alfredo Mathias (1906-1982), que liderava construtora com seu nome e a Shopping Centers Reunidos do Brasil S.A., anunciava que o shopping seria “a mais importante concentração de varejo de São Paulo e forma nova e racional de aplicação imobiliária, que proporcionará rendimentos crescentes com absoluta segurança“.

Com o intuito de atrair investimentos e mostrar a viabilidade do lançamento, sucessivos anúncios foram publicados na Folha explicando o conceito de shopping center e quais as possibilidades de ganhos e os potenciais da região, além de convocar corretores e investidores.

Iguatemi
Um dos anúncios em que Alfredo Mathias explicava o conceito de shopping center (Crédito: Folhapress)

Mathias, que se formou engenheiro-arquiteto e civil na Escola Politécnica de São Paulo (“Os Arquitetos da Poli – Ensino e Profissão em São Paulo”, de Sylvia Ficher, pela EdUSP, págs. 229 e 230), chegou a levar a promoção do shopping para a televisão, com um pronunciamento feito em cadeia pela TV Tupi, TV Record e TV Excelsior em 10 de junho de 1965.

Anúncio do Shopping na TV - 10.jun.1965

O êxito das ações foi tanto que, 90 dias após o pronunciamento na TV,  o engenheiro anunciava ter vendido 91% das cotas do empreendimento.

Ao todo, como informou a Folha, foram realizadas 14 pesquisas de mercado para assegurar que o lançamento nos bairros Pinheiros, Jardim América, Jardim Europa, Jardim Paulistano e proximidades tinha potencial para vender para 800 mil pessoas, cuja renda atingia Cr$ 54,5 bilhões.

O sucesso foi tanto que, após o lançamento da pedra fundamental em 3 de abril de 1965,  o Shopping Center Iguatemi foi erguido em apenas 16 meses e contava à época de sua abertura com 23 mil donos, que compraram 60 mil cotas de participação no empreendimento.

Além de abrigar 72 lojas, o shopping gabava-se de contar com cerca de 1.000 vagas de estacionamento, prontas para atender a região que, apesar de contar com 20% da população paulistana, ostentava mais da metade dos carros da cidade.

Mathias tornou-se o primeiro administrador do local, com mandado de cinco anos. Nesse primeiro período à frente do shopping, ele viu o número de lojas saltar para 160, com um fluxo de quase 1 milhão de pessoas por mês.

O shopping, que desde 1966 chamou a atenção para campanhas natalinas, com triunfais chegadas do Papai Noel, chegou a sortear nos anos 90 um BMW para os consumidores durante as compras de Natal.

Anúncio publicado na Folha em 28 de novembro de 1966, em alertava para a chegada do Papai Noel no Shopping Center Iguatemi
Anúncio publicado na Folha em 28 de novembro de 1966, que alertava para a chegada do Papai Noel no Shopping Center Iguatemi

Foi também a partir de um incêndio no Cine Iguatemi, em 1994, que destruiu toda a instalação, que salas de cinema passaram a contar com instruções de segurança.

Hoje, em que ostenta um relógio d’água na entrada (foto no alto) –ele foi criado pelo francês Gitton Bernard e utiliza tubos de vidro e líquido colorido para marcar as horas e os minutos–, do qual existem apenas quatro no mundo, o shopping Iguatemi possui 314 lojas e registra mais de 1,5 milhão de visitantes por mês.

Em setembro deste ano, a revista sãopaulo publicou especial sobre shopping centers com 25 curiosidades sobre o “cinquentão” Iguatemi.

Título de reportagem da revista sãopaulo, em 16 de setembro de 2016
Título de reportagem da revista sãopaulo, em 16 de setembro de 2016

A publicação mostrou, por exemplo, que apenas 9 lojas continuam no local desde a inauguração:  Giuliano Joias, AB Uniformes, Fotóptica, Jogê, Americanas, Pão de Açúcar, Renata, Sinhá e Drogaria Iguatemi.

Uma mostra de que as expectativas de Alfredo Mathias estavam corretas é que, de acordo com a consultora imobiliária Cushman & Wakefield, nos últimos anos o shopping figurou no ranking dos 20 endereços mais caros do varejo, ao lado de estabelecimentos famosos da 5ª Avenida (Nova York) e Champs-Elysées (França).

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Há 30 anos, primeiro álbum lançado pelos Engenheiros do Hawaii foi destaque na Folha https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/11/16/ha-30-anos-primeiro-album-lancado-pelos-engenheiros-do-hawaii-foi-destaque-na-folha/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/11/16/ha-30-anos-primeiro-album-lancado-pelos-engenheiros-do-hawaii-foi-destaque-na-folha/#respond Wed, 16 Nov 2016 04:00:54 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2016/11/01-125x180.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=1655 E lá se vão 30 anos desde o lançamento de “Longe Demais das Capitais”, primeiro trabalho do grupo gaúcho de pop-rock Engenheiros do Hawaii, que se tornou um dos maiores vendedores de discos no Brasil até os anos 1990.

Sob o título “O rock-chimarrão dos Engenheiros do Hawaii”, o lançamento do LP foi destaque na Folha em 16 de novembro de 1986. O grupo era formado por três estudantes de arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Humberto Gessinger, 22 (guitarrista, vocalista e compositor), Marcelo Pitz, 23 (baixo) e Carlos Maltz, 24 (bateria).

Engenheiros do Hawaii posam para reportagem da Folha em 1997 (foto: 16/07/1997 – Rosane Marinho/Folhapress)
Engenheiros do Hawaii posam para reportagem da Folha em 1997 (foto: Rosane Marinho – 16.jul.1997/Folhapress)

A ideia de gravar o disco surgiu depois de os Engenheiros terem assistido a um show dos conterrâneos Replicantes – seus inimigos declarados -, conforme contaram à Folha. O nome do disco “é uma gíria da escola para os certinhos que colocam uma camisa florida no fim de semana para surfar”, disse Gessinger ao jornal.

Entre dezembro de 1984 – ano em que banda foi fundada – e janeiro de 1985, os músicos já haviam entrado em estúdio para a gravação da música “Sopa de Letrinhas”, que, além de fazer parte da coletânea “Rock Grande do Sul” (BMG), com outras bandas, foi também a primeira música de um conjunto brasileiro a ter um clipe produzido pela americana MTV. A canção foi aproveitada no álbum de estreia do grupo.

“Para os americanos, deve ser uma coisa arqueológica. Descobriram uma tribo que achavam que não existia”, opinou à Folha o baterista e “teórico” do grupo, Carlos Maltz, sobre o convite da MTV. Na época, outros grupos do Rio Grande do Sul, entre eles De Falla, Garotos de Rua e Replicantes, já começavam a despontar no cenário roqueiro das grandes capitais.

O conteúdo do LP, conforme classificou a reportagem, “é um rockabilly básico, com fortes influências de reaggae: ‘um reggae branco, alemão’, longe do discurso místico dos rastafáris”.

Plateia participa de encontro com a banda gaúcha Engenheiros do Hawaii, em evento realizado no auditório da Folha – (foto: 22.jun.1999 - Moacyr Lopes Junior/Folhapress)
Plateia participa de encontro com a banda gaúcha Engenheiros do Hawaii, em evento realizado no auditório da Folha – (Foto: Moacyr Lopes Junior – 22.jun.1999/Folhapress)

Com o disco, os Engenheiros gravaram o clipe da música “Toda Forma de Poder”, a do refrão “eu presto atenção nos que eles dizem mas eles não dizem nada…”, primeira faixa do LP e a que mais repercutiu nas rádios. A gravação do vídeo contou com a participação de outro gaúcho, o ator Paulo César Pereio, de quem Gessinger, Pitz e Maltz eram amigos.

Influenciados pelo cantor e compositor porto-alegrense Nei Lisboa e avessos ao movimento punk e seus discípulos, os Engenheiros do Hawaii pretendiam com o disco “restaurar o conceito de canção como composição e harmonia”. À Folha disseram que “a babaquice punk”, a mesma que, muito forte em Porto Alegre os levaram à música, destruiu “todo o trabalho da geração dos anos 70”.

NOVAS FORMAÇÕES

Em 1987, com a saída do baixista Marcelo Pitz, Gessinger passa a assumir o instrumento, ficando a guitarra a cargo de Augusto Licks, o novo integrante do trio. Nesse mesmo ano lançam “A Revolta dos Dândis” pela BMG, com os sucessos “Terra de Gigantes”,  “Infinita Highway” e “Refrão de um Bolero”, a partir daí começam a tocar massivamente nas rádios de todo o país. No ano seguinte emplacam “Somos que podemos ser”, do disco “Ouça o que eu digo: não ouça ninguém”.

Tachados por muitos de caretas e banda direitista, em 1989 os Engenheiros apoiaram abertamente o candidato de esquerda Leonel Brizola à Presidência da República em showmícios pelo país. No mesmo ano, a convite da gravadora BMG fazem cinco apresentações em Moscou, capital da Rússia, onde foram bem recebidos pelo público.

Pela frente vieram os sucessos “Alívio Imediato” (1989), “Exércitos de um Homem Só” e “Pra Ser Sincero”, ambas do disco “O Papa é Pop”, de 1990, que contava ainda com a estrondosa “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, gravada em 1967 pelo conjunto “Os Incríveis”. Foi também o disco mais vendido dos Engenheiros, ultrapassando 400 mil cópias. A ascensão meteórica da banda, porém, não era vista com bons olhos pela crítica e pelo meio musical naqueles anos.

Em 1993, com a Orquestra Sinfônica Brasileira e arranjos de Wagner Tiso, os Engenheiros tentam ampliar seus horizontes sonoros com o lançamento do acústico “Filmes de Guerra, Canções de Amor”, o oitavo álbum do grupo, com releituras e canções inéditas.

Tendo passado por pelo menos quatro formações diferentes ao longo da trajetória, em 1996,  a banda muda sua denominação para Humberto Gessinger Trio. Em 97, com o lançamento de “Minuano”, o vocalista volta a adotar o antigo nome do trio.

Em uma de suas primeiras apresentações solo, Humberto Gessinger se apresenta em Teresina, no Piauí, em 2008  - (foto: 05.jul.2008 – Sebastião Bisneto/Folhapress)
Em uma de suas primeiras apresentações solo, Humberto Gessinger toca em Teresina, no Piauí, em 2008  (foto: Sebastião Bisneto – 5.ago.2008/Folhapress)

A discografia oficial da banda conta com 18 álbuns lançados entre 1986 e 2007. Entre coletâneas próprias e faixas em outros discos, foram mais de 30 lancamentos, fora os cerca de 20 videoclipes gravados. Em 2008, o grupo encerrou as atividades. Humberto Gessinger seguiu então carreira solo e se tornou escritor.

Para registrar a trajetória da banda, o jornalista Alexandre Lucchese, do jornal “Zero Hora”, lançou no último mês o livro “Infinita Highway – Uma carona com os Engenheiros do Hawaii”, pela editora Belas Letras, onde relata com minúcias as andanças e os percalços de uma das bandas mais populares, queridas e odiadas do país na virada dos anos 80 para os 90.

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No “Há 50 Anos” desta semana, Procuradoria-Geral da República pede sequestro de bens de Jango e JK https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/11/05/no-ha-50-anos-desta-semana-procuradoria-geral-da-republica-pede-sequestro-de-bens-de-jango-e-jk/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/11/05/no-ha-50-anos-desta-semana-procuradoria-geral-da-republica-pede-sequestro-de-bens-de-jango-e-jk/#respond Sat, 05 Nov 2016 16:30:53 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2016/11/Há-50-Anos-destaque-30.out_-180x40.png http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=1555 Na seção “Há 50 Anos”, publicada nesta semana em Cotidiano na Folha, tivemos

Em 30 de outubro de 1966, fruto da tensão política que rondava o governo federal às portas da eleição, a Folha noticiou a decisão da Procuradoria-Geral da República de sequestrar os bens dos ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek.

HÁ 50 Anos - domingo - 30.out.2016

 

Fora do país também havia tensão, tanto que no dia seguinte, em 31 de outubro de 1966, a principal notícia informou  que  visita do presidente dos EUA, Lyndon Johnson, provocou protestos na Malásia, que registrou até a morte de um jovem.

HÁ 50 Anos - segunda - 31.out.2016

 

No dia 1º de novembro de 1966, a Folha destacou o plano do prefeito de São Paulo, Faria Lima, de investir Cr$ 200 bilhões em obras de infraestrutura, que incluíram o prolongamento das avenidas 23 de Maio, Radial Leste e do Contorno, entre outras.

HÁ 50 Anos - terça - 1º.nov.2016

 

Na quarta-feira, dia 2 de novembro, o presidente eleito Arthur da Costa e Silva informava quais seriam suas prioridades assim que assumisse a Presidência, em março de 1967.

HÁ 50 Anos - quarta - 2.nov.2016

 

Em 3 de novembro, a Folha trouxe uma reportagem que informava a queda de uma aeronave no bairro da Casa Verde, na zona norte de São Paulo.

HÁ 50 Anos - quinta - 3.nov.2016

 

No dia 4 de novembro de 1966, a fim de reduzir os impactos da crise política, o ministro da Justiça afirmou que o governo não tinha intenção de realizar cassações antes de conhecer o resultados dos julgamentos que estavam em trâmite nos TREs e no TSE.

HÁ 50 Anos - sexta - 4.nov.2016

 

E, neste sábado, o assunto da seção foi a declaração do ex-ministro da Justiça Mem de Sá pedindo que São Paulo se mobilizasse para buscar o comando do país em 1970.

HÁ 50 Anos - sábado - 5.nov.2016

 

Antes de encerrar, confira outros textos publicados no Blog do Acervo Folha

Há 90 anos, Coltrane nascia para mudar o jazz

Verissimo chega aos 80 e diz que deveria haver um curso preparatório para a velhice

Há 25 anos, Miles Davis colocou o jazz de luto

Há 20 anos, Nintendo 64 e o novo e revolucionário ‘Super Mario’ desembarcavam nos EUA e no Brasil

Há 5 anos, Steve Jobs deixava fãs da Apple orfãos

‘Senhor Diretas’ completaria 100 anos hoje

Bom final de semana a todos!

 

 

 

 

 

 

 

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Há 5 anos, nasceu o ‘bebê 7 bilhões’ do mundo https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/11/02/ha-5-anos-nasceu-o-bebe-7-bilhoes-do-mundo/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/11/02/ha-5-anos-nasceu-o-bebe-7-bilhoes-do-mundo/#respond Wed, 02 Nov 2016 04:00:54 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2016/11/Bebê-abre-180x127.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=1526 Se o seu filho, sobrinho ou algum conhecido tem entre 4 anos e 6 meses e 5 anos e 6 meses de idade, ele pode ter sido o bebê número 7 bilhões.

Isso porque, há cinco anos, a Folha publicou texto informando que naquela ocasião o mundo assistia a uma “guerra” pelo reconhecimento de quem foi o primeiro.

Pelo menos seis países disputavam o privilégio de ser a terra natal da criança que seria símbolo do crescimento da humanidade em termos populacionais.

Assim, Filipinas, com Danica May Camacho (na foto acima), Índia, com sete bebês, Iraque, Geórgia, Rússia, com dois, e Grécia esperavam o reconhecimento da ONU quanto ao caso.

Contudo, a ONU jogou um banho de água fria ao alegar que não era possível afirmar “quem” e “onde”.

“Ninguém pode saber qual é a criança 7 bilhões”, disse Christian Delson, funcionário do UNFPA (fundo da ONU para a população), em entrevista ao repórter Diogo Bercito, da Folha.  “Não há data ou local específicos.”

De acordo com ele, o número de habitantes é uma estimativa feita a partir de levantamentos de cada país. E, principalmente, que a conta da ONU previa uma margem de seis meses, para mais ou para menos.

Desse modo, os nascidos que disputavam naquele dia 31 de outubro o símbolo serviam como aviso, sobre o crescimento constante da população.

A atitude da ONU contraria atitude da instituição quando do nascimento do garoto 6 bilhões. Ele nasceu em 1999, em Saravejo, e chama-se Adnan Nevic, que chegou a ser embalado pelo então secretário-geral da ONU Kofi Annan e, em 2011, acusou a ONU de ignorá-lo.


Garoto 6 bilhões

O nascimento simbólico da criança 7 bilhão motivou até uma iniciativa de sete jornais, incluindo a Folha, que publicaram artigos sobre o tema. A Folha publicou texto do repórter Antônio Gois intitulado “Da explosão à implosão populacional em uma década”.

Você consegue ler esse texto da Folha e os dos jornais “Le Devoir” (Canadá), “Nation Media Group” (Quênia), “Le Soir” (Bélgica), “Diário do Povo” (China), “L’orient-le Jour” (Líbano) e “Herald Sun” (Austrália) clicando aqui.

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Há 50 anos, astronauta Neil Armstrong pisava em São Paulo antes de dar primeiros passos na Lua https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/10/21/ha-50-anos-astronauta-neil-armstrong-pisava-em-sao-paulo-antes-de-dar-primeiros-passos-na-lua/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/10/21/ha-50-anos-astronauta-neil-armstrong-pisava-em-sao-paulo-antes-de-dar-primeiros-passos-na-lua/#respond Fri, 21 Oct 2016 04:00:43 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2016/10/Abertura-180x145.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=1442 Foi no dia 21 de outubro de 1966 que os astronautas Neil Armstrong (1930-2012) e Richard Gordon chegaram a São Paulo.

A visita fazia parte de uma turnê por 22 cidades da América Latina, idealizada pelo governo dos EUA, para “compartilhar” seus feitos espaciais com as demais nações. Antes da capital paulista, a dupla esteve em Brasília (no dia 17 de outubro) e Rio de Janeiro (de 18 a 20).

Um mês antes, Gordon fora ao espaço com Charles Conrad a bordo da Gemini 11. Já Armstrong havia viajado na Gemini 8 em março daquele ano, na companhia de David Scott.

Chamou a atenção em São Paulo, entretanto, a pompa com que Armstrong (à dir., na foto acima) e Gordon (à esq., na foto acima) foram recepcionados. Primeiro, pela forma como chegaram, a bordo de um Convair 440, da frota presidencial americana. Depois, pela carreata que promoveram pelas ruas da cidade.

DESFILE
Após serem recebidos pelo secretário do governo estadual, Paulo Machado de Carvalho, em um palanque montado no Aeroporto de Congonhas, os astronautas partiram para se encontrar com o governador Laudo Natel.

O trajeto até o Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi (zona oeste), foi feito por uma comitiva com 15 carros. As estrelas do dia estavam em um Chevrolet conversível azul, seguidos por suas esposas Janet Armstrong e Barbara Gordon, acomodadas em um Cadilac do governo do Estado.

Na frente, dois veículos anunciavam pelas ruas as atrações que estavam por vir: “Alô, Alô, senhores ouvintes. Dentro de alguns instantes estarão passando por aqui os astronautas Gordon e Armstrong, das cápsulas Gemini 8 e Gemini e 11” –na verdade, o locutor inverteu as espaçonaves em que cada astronauta viajou.

No restante da frota estavam os demais integrantes da Nasa, outras autoridades paulistas e, em cima de dois carros do Corpo de Bombeiros, a imprensa. A escolta foi feita por policiais militares e por helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira).

Nas ruas, os curiosos formavam aglomerações para acompanhar os americanos, mas quem se impressionava mesmo com a visita foram as crianças. Ao passar pela rua Joaquim Nabuco, no Brooklin, alunos do Grupo Escolar Mario de Andrade cercaram o carro dos astronautas, que pararam para cumprimentá-las.

Crianças
Crianças cercam carro com os astronautas Neil Armstrong e Richard Gordon rua Joaquim Nabuco (Foto: 21.out.1966/Folhapress)

‘O BRASIL É UM MUNDO AZUL’
Diante do governador Laudo Natel, no primeiro compromisso oficial da viagem, Armstrong e Gordon o presentearam com um álbum de fotografias coloridas do Brasil, feitas do espaço, durante voo da Gemini 11.

Bastante simpático e à vontade, Armstrong disse que “O Brasil é um mundo azul”, ao explicar a predominância da cor nas imagens. Depois, aproveitou para elogiar o café servido.

Ao deixarem o Palácio dos Bandeirantes, as estrelas do espaço partiram para o Othon Palace Hotel, no centro, onde se hospedaram e falaram com a imprensa. Próximos de seu destino, foram festejados com uma chuva de papel picado atirada dos prédios.

Ao lado de George Low, vice-diretor do Centro de Voos Espaciais da Nasa, os astronautas responderam a todo tipo de pergunta.

A Low coube amenizar a disputa com os soviéticos (“Não é fácil dizer que qual dos países está mais adiantado em relação ao programa espacial, pois não se trata de uma corrida de homens ao espaço, nem ela pode ser medida.”) e enfatizar o trabalho que os EUA realizavam com 71 nações para a exploração do espaço, inclusive com a União Soviética.

Já Armstrong e Gordon respondiam a questões que iam desde os trajes utilizados por eles nas recentes missões no cosmos até a visualização de óvnis. As Geminis 8 e 11 foram responsáveis por terem feito a primeira acoplagem no espaço (com o satélite Agena) e batido o recorde de altitude (1.367,94 km), respectivamente.

“Realmente vi, em minha viagem espacial, um objeto que refletia a luz solar. Mas não consegui identificá-lo. Radares na Terra também conseguiram captar, mas não creio que fossem discos voadores”, explicou Gordon.

Armstrong contou sobre a experiência da primeira acoplagem feita no espaço. Apesar do sucesso da missão, a Gemini 8 teve sua volta antecipada por problemas: “O acoplamento com o foguete Agena foi o mais sério perigo enfrentado no programa espacial, a ponto de exigir o uso do sistema de emergência”.

HOMENAGEM
Após se encontrarem com o prefeito Faria Lima -que ganhou uma foto da Gemini 8- no Monumento às Bandeiras, os astronautas seguiram até o Museu da Aeronáutica, em momento histórico.

Lá, além de assinarem o livro de honra, eles ofertaram uma placa de bronze em homenagem ao pai da aviação do Brasil. “Ao gênio do grande brasileiro Santos Dumont, por suas contribuições para a ciência aeroespacial. Neil Armstrong e Richard Gordon, astronautas dos EUA” foi a mensagem gravada no presente.

As aeronaves expostas no museu chamaram a atenção da dupla americana, em especial o 14-Bis de Dumont e o hidroavião Jahu, que foi de Genova a São Paulo em 1927, sob o comando de João Ribeiro de Barros.

Armstrong e Gordon também fizeram questão de posar para fotos com Ada Rogato (1910-1986), em frente ao monomotor em que ela fez um voo solitário pelas três Américas, em 1951. O feito da aviadora –reconhecido mundialmente– foi contado por ela própria aos visitantes, que não pouparam elogios.

DEGUSTAÇÃO
Antes de partirem para Assunção (Paraguai), Neil Armstrong e Richard Gordon participaram de um último compromisso em São Paulo: uma palestra no Mackenzie, para cerca de 2.000 pessoas.

Os temas não mudaram muito em relação à entrevista concedida naquela tarde. No auditório, alguns doces concentrados, levados ao espaço pelos astronautas, foram distribuídos à plateia. Mas quem experimentou disse que o gosto nada se parecia com os das frutas mencionadas pelos palestrantes.

Os integrantes da Nasa, Armstrong e Gordon puderam falar ao público sobre os próximos passos do programa espacial, como o projeto Apollo. O vice-diretor do Centro de Voos Espaciais da agência norte-americana, George Low, comentou sobre a possibilidade de o homem chegar à Lua até 1970. E ele estava certo em sua previsão.

A bordo da Apollo 11, em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar no satélite da Terra. No momento, uma frase dita por ele acabou eternizada: “Um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade”.

ORG XMIT: 123001_1.tif Os astronautas Neil Armstrong e Edwin Aldrin fincam bandeira dos EUA na Lua, em julho de 1969. Apollo 11 astronauts Neil Armstrong and Edwin E. "Buzz" Aldrin, the first men to land on the moon, plant the U.S. flag on the lunar surface, July 20, 1969. Photo was made by a 16mm movie camera inside the lunar module, shooting at one frame per second. (AP Photo/NASA)
Os astronautas Neil Armstrong e Edwin Aldrin fincam bandeira dos EUA na Lua, em julho de 1969 (Foto: Associated Press/Nasa)
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Há 40 anos, rolimãs corriam 1º campeonato em SP https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/10/17/ha-40-anos-rolimas-corriam-1o-campeonato-em-sp/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/10/17/ha-40-anos-rolimas-corriam-1o-campeonato-em-sp/#respond Mon, 17 Oct 2016 04:16:09 +0000 https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/files/2016/10/image-117x180.jpeg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=1333 “Palmas, gritos e um barulho ensurdecedor. Começa a corrida dos carrinhos de rolimã, que descem a ladeira Professor Carlos Gama, defronte ao cemitério do Morumbi a 100, 110 quilômetros por hora.”

Há 40 anos, no domingo de 17 de outubro de 1976, a Folha destacava o 1º Campeonato Aberto de Carrinho de Rolimã promovido pela Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo, disputado na íngreme ladeira Prof. Carlos Gama, no “elegante” bairro do Morumbi, na zona sul da capital.

Jovens fazem treino na ladeira prof. Carlos Gomes, no Morumbi, na zona sul de São Paulo (Foto: 16.out.1965/Folhapress)
Jovens fazem treino na ladeira Prof. Carlos Gomes, no Morumbi, na zona sul de São Paulo (Foto: 16.out.1965/Folhapress)

Organizado pelo Rolimã Kart Clube, que contava à época com 600 associados, o campeonato realizava naquele domingo sua segunda eliminatória. A terceira e última seria disputada no sábado seguinte (23), e as edições com os finalistas ocorreram nos dias 29 e 30, também no mês de outubro.

As provas eram realizadas no período noturno, pois a prefeitura não autorizava o uso da ladeira antes das 20h. Os diretores do clube, Mário Roberto Lourenço e Celso Luz, aguardavam da Secretaria Municipal de Turismo, a indicação de outra pista para que as competições fossem feitas durante o dia.

Com 350 inscritos, o campeonato foi dividido em quatro categorias: menores de 18 anos, mulheres, homens e kart sem motor. O regulamento, dentre outras regras, tornava obrigatório o uso de capacete, luvas, carrinhos sem bico ou ponta e rolamentos “comuns” para o enfrentamento do percurso de cerca de 1.500 metros de descida.

“Acontecem acidentes graves nas competições. Não chega a haver morte porque o capacete protege o crânio, mas há braços e pernas quebrados em quase todo o final de semana”, relatou à época Mauro Chaulét, um dos finalistas do campeonato.

Jovens participam de competição no Jardim São Bento, na zona sul de São Paulo (Foto: 27.jun.1965/Folhapress)
Garotos competem no Jardim São Bento, em São Paulo
(Foto: 27.jun.1965/Folhapress)

A segurança do evento, conforme os organizadores, era de responsabilidade da prefeitura, que disponibilizava além de um forte policiamento, ambulâncias e serviços de alto-falantes durante as provas.

Praticadas inicialmente por jovens e crianças pobres das grandes capitais, as corridas de carrinhos de rolimã se difundiram de forma rápida entre a classe média.

 

 

PIONEIRA

Garoto participa de competição em uma das ladeiras do Jardim São Bento, na zona norte de São Paulo. (Foto: 19.abr.1965/Folhapress)
Garoto participa de competição em uma das ladeiras do Jardim São Bento, na zona norte de São Paulo. (Foto: 19.abr.1965/Folhapress)

A primeira competição com regras, conforme noticiado na Folha, ocorreu em 18 de abril de 1965, no Jardim São Bento, em Santana, na zona norte de São Paulo. Idealizada pelos jovens irmãos Rubens Joel e Daniel Silveira Penteado, diretores do então recém-criado Rolimãs Clube de São Paulo, a competição contava com 43 pilotos, entre eles concorrentes individuais e de equipes com nomes como “Caveirinha”, “Metralhas”, “Mau-Mau” e “Capetas”. O bairro de Santo Amaro, na zona sul da capital, também se tornou reduto de competições na época.

Tragédias envolvendo carrinhos de rolimã também foram destaques nas páginas da Folha. Em 3 de agosto de 1972, o garoto José Carlos dos Santos, de 9 anos, morreu atropelado por um ônibus quando descia a av. Cangaíba, em São Paulo.

Três anos antes, no Rio, em maio de 1969, o jovem estudante Nelson Lopes Filho, de 16 anos, havia sido atingido na cabeça com tiro de pistola 45 disparado pelo policial militar Carlos Henrique José Neto, quando chegava de carro com os amigos para mais uma sexta-feira de corridas na estrada do Corcovado.

Notando a presença de viaturas da polícia no local, Nelson, que portava carrinhos de rolimã e estava sem habilitação, tentou fazer um desvio com o veículo, que acabou se chocando contra um paredão. A porta do carro se abril e seu corpo projetado para fora. Com muito sangue em volta da cabeça, o jovem foi levado já morto para o hospital. O policial, que no Pronto Socorro declarou ter sido um acidente, horas depois, na Delegacia Distrital, confessou ter atirado contra o adolescente.

Em trecho da Estrada velha de Santos, jovens do ABC, na grande São Paulo, se arriscam com carrinhos de rolimã (Foto: Paulo Cerciari - 13.jul.1987/Folhapress)
Em trecho da estrada velha de Santos, jovens se arriscam com carrinhos de rolimã (Foto: Paulo Cerciari – 13.jul.1987/Folhapress)

Nos anos 80, com o asfaltamento de ruas nas periferias da Grande São Paulo, os carrinhos de rolimã se tornaram ainda mais populares no Estado.

Em julho de 1987, a Folha acompanhou 20 jovens do ABC paulista, que, aos domingos, com seus “possantes” brinquedos, arriscavam suas vidas ao descer um percurso de 4 km da rodovia Caminho do Mar, conhecida também como estrada velha São Paulo-Santos. Os carrinhos chegavam a atingir 60 km por hora.

Atendendo a reclamações de moradores do Imirim, na sul de São Paulo,  policiais fazem apreensão de carrinhos de rolimã no bairro (Foto: 15.abr.1970/Folhapress)
Atendendo a reclamações de moradores do Imirim, na zona sul de São Paulo, policiais fazem apreensão de carrinhos de rolimã no bairro (Foto: 15.abr.1970/Folhapress)

No final de 1994, quando a popularidade do “brinquedo” estava em baixa nos bairros periféricos da capital paulista, alunos da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) promoveram o seu 20º Grande Prêmio de carrinhos de rolimã, que passou a ser o campeonato mais tradicional do gênero. Em 4 de junho deste ano a escola realizou a sua 60° competição.

 

No último dia 9 de outubro, o jornal “Agora” –do Grupo Folha–, publicou reportagem de Tatiana Cavalcanti, sobre a evolução dos carrinhos de rolimã e sua nova geração de adeptos, provando de vez que a velha e perigosa brincadeira não deverá abandonar tão cedo as pistas, ou melhor, as ruas.

Ex-taxista Ivair de Moura Chaves, 63, abandonou a profissão para se dedicar à fabricação de carrinhos de rolimã (Foto Júlia Chequer – 6.out.2016)
Ex-taxista Ivair de Moura Chaves, 63, que abandonou a profissão para se dedicar à fabricação de carrinhos de rolimã
(Foto Júlia Chequer – 6.out.2016/Folhapress)

 

 

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No Há 50 Anos desta semana, eleição de Costa e Silva e ‘anticoncepcional não faz mulher barbada’ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/10/08/no-ha-50-anos-desta-semana-eleicao-de-costa-e-silva-e-anticoncepcional-nao-faz-mulher-barbada/ https://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/10/08/no-ha-50-anos-desta-semana-eleicao-de-costa-e-silva-e-anticoncepcional-nao-faz-mulher-barbada/#respond Sun, 09 Oct 2016 02:55:39 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/?p=1233 A semana que passou foi “cheia” há 50 anos.

Já no dia 3 de outubro de 1966, a Folha informava que o MDB, partido de oposição ao governo militar, ameaçava punir quem votasse em Arthur da Costa e Silva, na eleição indireta que seria realizada no Congresso Nacional para escolher o sucessor de Castello Branco na Presidência da República.

3.out.1966

No dia seguinte, o assunto da capa da Folha, como não poderia deixar de ser, foi a eleição de Arthur da Costa e Silva e Pedro Aleixo, em pleito que contou com votos de 40 senadores e 255 deputados.

4.out.1966

 

Em 5 de outubro de 1966, além de declarações do presidente eleito indiretamente sobre a economia, a notícia que assustou foram três bombas caseiras explodiram no Rio de Janeiro, nas sedes dos ministérios da Guerra e da Fazenda.

 

5.out.1966

No dia 6 de outubro, outro assunto que chamou a atenção do mundo todo esteve nas páginas da Folha:  a anulação da sentença de morte para Jack Rubin, que fora condenado por ter matado Lee Harvey Oswald, assassino do presidente John F. Kennedy.

 

6.out.1966

 

Em 7 de outubro de 1966, uma notícia bastante curiosa chamou a atenção nas páginas da Folha, quando um catedrático da Faculdade Nacional de Medicina, Francisco Vitor Rodrigues, rebateu dermatologistas franceses na questão da pílula anticoncepcional. De acordo com Rodrigues, se a informação espalhada pelos franceses fosse correta: “No Brasil, deveria haver milhares de barbudas, bigodudas e carecas, pois aqui são vendidas mensalmente 5 milhões de pílulas”.

 

 

7.out.1966

 

 

E, fechando a semana, a seção Há 50 Anos mostrou o ministro da Fazenda, Octávio Gouvêa de Bulhões, admitindo que os resultados da política econômica ficaram abaixo do esperado diante do “desastre financeiro” enfrentado pelos governos estaduais e no que dizia respeito à inflação.

8.out.1966

 

 

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